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Prefeitura de Juiz de Fora sinaliza adoção de modelo de ensino ‘híbrido’

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Integrantes do primeiro escalão da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) estiveram na Câmara nesta sexta-feira (17) para esclarecer aos vereadores sobre as medidas adotadas pela Administração com relação à rede municipal de ensino em meio à pandemia da Covid-19. A reunião foi realizada a pedido do vereador Carlos Alberto Mello (Casal, PTB) e contou com a participação da secretária de Educação, Denise Franco, e do Governo e Comunicação Pública, Ricardo Miranda, que falaram sobre o planejamento de retorno e de reposição das aulas. Para Casal, as respostas não foram satisfatórias. “Senti que estamos ainda muito pouco adiantados nessa questão de como fazer uma mudança e de como dar continuidade ao ensino de uma maneira diferente.”

Segundo a secretária de Educação, com o comprometimento das aulas presenciais por conta das medidas restritivas de distanciamento social como ferramenta de combate à pandemia, o foco está voltado para o desenvolvimento de habilidades e trabalho de ciclos didáticos. “Conteúdo repassado não é sinônimo de aprendizagem, porque a criança assiste a apresentação do conteúdo, mas não tira dúvidas e não faz questionamentos”, considerou, apontando que as soluções a serem adotadas serão pensadas conforme situações específicas, para a otimização do uso da internet para aulas virtuais, de podcasts educativos e, até mesmo, a exibição de conteúdos televisivos produzidos pelos professores.

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Durante a reunião, o presidente da Câmara, o vereador Luiz Otávio Coelho (Pardal, PTC), lembrou que a Casa já manifestou, ainda em abril, a disponibilidade da JFTV Câmara – canal televisivo mantido pelo Legislativo – para receber conteúdos educativos. Segundo o secretário de Governo e Comunicação, Ricardo Miranda, o Executivo mantém parcerias com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e ainda busca parceria com outros canais para que o conteúdo possa ser exibido durante todo o dia.

Em relação ao retorno às aulas, Denise Franco afirmou que a tendência é a adoção de um modelo de ensino híbrido, em que algumas atividades devem ser realizadas em casa e outras no ambiente escolar. “É um novo calendário escolar. Temos que discutir os objetivos de aprendizagem essenciais e não há que se falar sobre reprovação, por isso o nosso projeto fala sobre desenvolvimento de habilidades e de conhecimento”, enfatizou, citando ainda parecer aprovado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) este mês.

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O documento em questão traz orientações para os municípios. “Cada escola vai ser uma realidade. Pensar a volta da educação infantil não é a mesma coisa que pensar a volta do ensino fundamental, por exemplo”, afirmou Denise. O parecer aponta diretrizes importantes como o uso de máscara e o distanciamento social de, no mínimo, dois metros, o que deve resultar na necessidade de uma reorganização do espaço escolar. A secretária também ressaltou que serão definidas estratégias para que os professores que integram o grupo de risco não tenham que dar aula presencialmente.

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