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Polícia Civil investiga suspeita de estelionato na venda de dólares e euros

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Uma agente de viagem, de 51 anos, está sendo investigada pela Polícia Civil depois de ter sido denunciada por enganar seus clientes. Ela vendia moedas estrangeiras como Euro e Dólar, mas, depois de receber pelas transações cambiárias, não entregava o dinheiro para seus compradores. Somente neste domingo (16), 24 pessoas lesadas denunciaram o estelionato à Polícia Militar, somando cerca de R$ 220 mil em prejuízos.

A Polícia Civil já estava trabalhando no caso e acredita que existem mais vítimas do crime. Agora, o delegado responsável pela apuração, Márcio Savino, irá receber as ocorrências recentes e ouvir as novas vítimas. Alguns clientes faziam depósitos bancários, outros entregavam o dinheiro em mãos para a compra de moedas estrangeiras. A mulher suspeita combinava uma data para a entrega, mas não cumpria com o acordo.
Conforme o registro da Polícia Militar, que conta com 27 páginas, algumas pessoas que foram lesadas disseram que já haviam feito transações com a mulher. Outras informaram que chegaram à suspeita por meio de indicação de parentes e amigos.

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A assessoria de comunicação da Polícia Civil informou, nesta segunda-feira (17), que o delegado Márcio Savino, titular da 7ª delegacia, orientou que as vítimas procurem direto a delegacia de Santa Terezinha, sem a necessidade de fazer ocorrência na Polícia Militar. Outros detalhes não foram repassados para não atrapalhar as investigações.

Mais de 70 pessoas lesadas

Uma das vítimas, 30 anos, que está com viagem para o exterior marcada para o mês de outubro, contou à Tribuna que teve prejuízo de R$ 5 mil. Ela procurou a agência Top Tour em abril para fazer a transação cambial, quando lhe foi exigido que o pagamento fosse efetuado no mesmo dia, o que foi realizado pela vítima. Todavia, a agente solicitou prazo de duas semanas para o câmbio. Ela chegou a fazer mais um pagamento para uma nova remessa de moedas. Contudo, ao chegar o prazo para entrega dos valores, a suspeita alegou que estava passando mal e que o malote havia atrasado.
No último dia 7, quando venceria o prazo para mais uma entrega, a vítima recebeu da agente a informação de que não poderia passar as moedas, pois o pai dela teria falecido. “Eu e um grupo de mais de 70 pessoas estamos juntos para que providências sejam tomadas e consigamos ter nosso dinheiro de volta”, afirmou a vítima, acrescendo que não vai cancelar sua viagem, pois irá contar com a ajuda de familiares.

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O advogado Michel Correia Campos, que representa algumas das pessoas lesadas, disse que busca na Justiça medidas para o ressarcimento das vítimas. Segundo ele, o Ministério Público já deu parecer sobre o caso e o devolveu para a Justiça. “Estamos aguardando um ato judiciário. A medida principal a ser tomada é a busca dos bens da suspeita na casa ou na agência para bloqueá-los, de forma a garantir que as vítimas sejam ressarcidas”, ressaltou ele.

O caso veio à tona na semana passada quando uma família esperava a entrega de US$ 25 mil, um investimento de cerca de R$ 80 mil, e não recebeu o dinheiro. Os familiares acionaram as polícias Militar e Civil, resultando na abertura de um inquérito para apurar o estelionato. Conforme as vítimas, desde a descoberta do crime, a agência mantém as portas fechadas. A Tribuna tentou contato telefônico com a Top Tour, mas não obteve êxito.

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