O advogado de defesa do ex-secretário de Assuntos Jurídicos da UFJF Nilson Rogério Pinto Leão, Sávio Romero Cotta, disse à Tribuna, na manhã deste sábado (17), que o seu representado pode deixar o Ceresp a qualquer momento. Ele informou que o habeas corpus foi expedido na última sexta (16) e que o alvará de soltura teria sido liberado neste sábado.
Nilson seria o último dos cinco investigados presos preventivamente no dia 21 de fevereiro e envolvidos na operação Editor a ser liberado. A operação foi deflagrada pela Polícia Federal, que apura fraudes em licitação, falsidade ideológica em documentos públicos, concessão de vantagens contratuais indevidas, superfaturamento e peculato envolvendo as obras do Hospital Universitário (HU) da UFJF.
O ex-reitor da UFJF Henrique Duque recebeu alvará de soltura e foi liberado do Ceresp na noite do dia 6 de março, conforme informações da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). O ex-pró-reitor de Planejamento da UFJF Carlos Elízio Barral Ferreira, o diretor-presidente da Tratenge, Renato Moraes Salvador Silva, e a diretora de Negócios da empresa, Maria Cristina de Resende, já haviam sido libertados, após as defesas conseguirem habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região.
Entenda o caso
Os cinco envolvidos foram presos preventivamente em Juiz de Fora no dia 21 de fevereiro, sendo os quatro homens no Ceresp, em cela de dez metros quadrados com outros detentos, e a mulher na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires. As detenções foram desencadeadas pela Polícia Federal na Operação Editor, em cumprimento à decisão do TRF1, após pedido do MPF. Neste processo, são apuradas fraudes na licitação do novo HU da UFJF, no Bairro Dom Bosco, além de falsidade ideológica em documentos públicos, concessão de vantagens indevidas, superfaturamento e peculato.
Internamente, a UFJF instituiu uma comissão de sindicância administrativa para apurar os danos causados às edificações que compõem o prédio em construção do novo hospital, cujas obras estão interrompidas há dois anos e oito meses. Conforme parecer desta comissão, os prejuízos em decorrência da paralisação chegavam a quase R$ 1 milhão em 2016.