Uma família moradora da Rua Evaristo da Veiga, em Benfica, na Zona Norte de Juiz de Fora, foi atacada com tiros dentro da própria casa, na noite desta quinta-feira (16). Revoltadas, as vítimas ameaçaram atear fogo em um carro deixado pelos criminosos, e a Polícia Militar precisou utilizar munição de borracha para conter o tumulto, envolvendo cerca de 30 pessoas. Conforme a PM, o crime está ligado a rivalidade de gangues. Os suspeitos seriam dois jovens, de 16 e 18 anos, moradores da Vila Esperança I, na mesma região, e o alvo da ação criminosa seria um adolescente, 17. Ninguém ficou ferido.
O caso teve início pouco antes da 21h. Os militares receberam informações sobre disparos no local e, quando chegaram ao endereço, encontraram os familiares da vítima exaltados. Eles contaram que os dois rapazes bateram à porta e, quando a mesma foi aberta, dispararam três tiros, possivelmente de um revólver. Logo após a ação criminosa, a dupla fugiu a pé pela linha férrea e deixou abandonado um veículo Volkswagen Santana, no qual haviam chegado. Após consulta, a PM descobriu que o carro havia sido furtado naquele mesmo dia na Rua Agassis, no Mariano Procópio. A vítima, um empresário, 56, relatou no boletim de ocorrência que havia estacionado o carro no local, por volta das 15h, e ao retornar, cerca de seis horas depois, constatou o furto.
Enquanto a polícia aguardava a chegada do guincho para fazer a remoção do Santana, parentes da vítima começaram a ficar com os ânimos exaltados e, de repente, cerca de 30 pessoas, uma delas portando uma garrafa na mão, provavelmente com algum líquido inflamável, se aproximaram gritando que iriam colocar fogo no veículo. Ainda segundo o registro policial, a equipe advertiu o grupo, que não teria acatado as ordens e investido contra os militares. Neste momento, um dos policiais disparou um tiro de borracha na direção dos envolvidos, que se dispersaram, não havendo necessidade de outras intervenções.
De acordo com a PM, o adolescente alvo da ação criminosa também é suspeito de vários crimes na Zona Norte e “não quis se dirigir aos policiais para expor suas justificativas”. Ele permaneceu na laje da casa gritando que vai vingar o ocorrido e fez ameaças de morte ao grupo rival. Policiais realizaram rastreamento na tentativa de localizar os atiradores, mas nenhum suspeito foi encontrado. O caso seguiu para investigação na Polícia Civil.