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Número de mortes por Covid-19 em JF sobe 13,6% em duas semanas

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Entre os dias 28 de setembro e 12 de outubro, o número de mortes por Covid-19 em Juiz de Fora aumentou 13,6%. A análise é do boletim informativo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Conforme os pesquisadores responsáveis pela análise, a taxa de letalidade tem aumentando desde o feriado de 7 de setembro. “Percebemos que esse aumento do número de óbitos após o feriado veio acompanhado de uma queda na adesão ao isolamento social.

Houve um grande pico no número de óbitos há duas semanas, e agora, na semana passada, outro registro muito alto de falecimentos”, relata o professor Marcel Vieira, um dos pesquisadores envolvidos na produção do documento. No dia 28 de setembro, Juiz de Fora registrava 5.970 casos confirmados de Covid-19 e contabilizava 213 vidas perdidas. Já no dia 12 de outubro, os números passaram para 6.416 e 242 – ou seja, durante o período de duas semanas, os dados oficiais demonstram um aumento de 7,5% de casos e 13,6% de mortes.

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Embora a maioria dos casos de Covid-19 tenha sido confirmada em pessoas da faixa etária de 20 a 59 anos de idade, tanto em Juiz de Fora quanto na Zona da Mata mineira (68% e 73%, respectivamente), conforme a pesquisa, a análise de óbitos indica que 80% das vidas perdidas na cidade correspondem a pacientes com mais de 60 anos. Na Zona da Mata, o percentual é ainda maior: 82%.

Comparação

Conforme o boletim, entre os dias 4 e 10 de outubro, Juiz de Fora registrou 209 diagnósticos da doença e 16 óbitos causados pela Covid-19. Os números representam reduções de 17% de casos e 20% de mortes em relação à semana anterior – de 27 de setembro a 3 de outubro. Entretanto, os pesquisadores alertam que, apesar da diminuição percentual entre uma semana e outra, os números, especialmente o de vidas perdidas, são elevados e alarmantes.

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Queda no isolamento

O pesquisador Marcel Vieira explica que, por meio de relatórios acerca do deslocamento da população na cidade, fornecidos pelo Google Mobility, é possível constatar o enfraquecimento do isolamento social. De acordo com os dados, não trata-se somente da movimentação de pessoas retornando ao trabalho presencial, mas também diz respeito ao aumento de idas para locais de lazer, recreação, varejo, transporte (sejam pontos municipais ou rodoviários) e vendas, especialmente farmacêuticas e alimentícias.

“Entendemos que é uma situação que persiste por meses e, possivelmente, as pessoas estão demonstrando uma certa fadiga, um cansaço até mesmo emocional de ficar em casa. Ainda assim, tendo em vista os números que observamos em Juiz de Fora, é importante reforçar a necessidade das medidas de proteção para aqueles que continuam em condição de manter o isolamento, evitar aglomerações, permanecer com o uso das máscaras e com os cuidado de higienização”, frisa Vieira.

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