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Grupo faz carreata por reabertura do comércio em Juiz de Fora

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Grupo se reuniu nas proximidades do Carrefour na tarde desta terça-feira (Foto: Fenando Priamo)

Com o objetivo de pleitear a reabertura imediata e gradativa do comércio local, o movimento Reabre JF reuniu manifestantes em carreata na tarde desta terça-feira (15). O grupo se concentrou na altura do Carrefour, no Cruzeiro do Sul, tendo como destino a sede da Escola de Governo da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), na região central, onde foi realizada reunião, presidida pelo prefeito Antônio Almas (PSDB), para formação do “Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19”, com a participação de integrantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), das Forças Armadas, das polícias Civil, Militar e dos Bombeiros, além de representantes da rede hospitalar, da sociedade civil organizada, de entidades da indústria, comércio e serviços.

“Nosso objetivo é fazer com que as autoridades locais ouçam o setor produtivo e a população, porque estamos tentando já algumas iniciativas junto à Prefeitura e à Câmara Municipal e não tivemos resposta de nenhum deles. O comércio continua fechado e está previsto continuar fechado até o dia 30 de abril, podendo ser prorrogado até 15 de maio, mas não temos mais condições. A gente precisa trabalhar, continuar a nossa vida. Tem muita gente em situação de desemprego, passando fome e não temos mais condições de esperar”, coordenadora do Direito Minas, Roberta Lopes Alves.

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Carta

Em 7 de abril, o movimento Reabre JF, organizado por meio de abaixo-assinado on-line, encaminhou à Prefeitura e à Câmara uma carta pleiteando a reabertura imediata e gradativa do comércio local. Os articuladores buscam apoio de vereadores para encaminhar à Prefeitura um plano de ações a serem implementadas, com diretrizes de segurança para diminuir a incidência de contaminação. A carta é assinada pela coordenadora do Direita Minas,Roberta Lopes Alves, e também pelo Sindicato dos Corretores de Imóveis de Juiz de Fora (Sindimóveis).

Manifestantes fizeram parada na sede da Escola de Governo da Prefeitura de Juiz de Fora (Foto: Fernando Priamo)

O grupo reivindica a revogação integral das publicações do Executivo – Decretos 13.893, 13.894, 13.897, 13.898, 13.903 e 13.910 -, que regulamentam o fechamento dos estabelecimentos comerciais, uma vez que, conforme alegam os autores do documento, são todos inconstitucionais, “na medida em que desrespeitam o livre exercício da atividade econômica e valorização do trabalho humano (art. 1º e 170, parágrafo único, da Constituição Federal)”. Ainda conforme a carta, a retomada seria condicionada a recomendações para evitar aglomerações de funcionários e consumidores, como a organização de entrada e saída de clientes, orientações de dispersão e distanciamento, entre outras instruções.

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A carta solicita um novo decreto para determinar o corte de 50% nos salários do prefeito, dos secretários e dos agentes políticos, além da suspensão de gratificações, verbas acessórias e indenizatórias. O movimento, defende, ainda, medidas quanto a tributos municipais e econômicos. Porém, nesta quarta (15), Roberta Lopes, informou que ainda não houve resposta da Prefeitura e da Câmara das reivindicações do movimento.

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Almas responde

A Tribuna fez contato com a Câmara, que não respondeu até a edição deste texto. Questionado durante entrevista coletiva na Escola de Governo, o prefeito Antônio Almas (PSDB) informou que a retomada gradual é sempre avaliada, mas que o abrandamento das medidas irá depender do quadro epidemiológico. “E, na nossa análise, com os dados que temos diariamente, não temos condições ainda de fazer o retorno. Muito no início da curva. Dentro dos cenários possíveis, ainda estamos no início da curva. O que estamos buscando e, até aqui estamos conseguindo, o que as pessoas não estão valorando, é que temos conseguido achatar a curva.” O prefeito ainda manifestou a preocupação em evitar o colapso do sistema de saúde. “Tem alguns que acham que deveríamos deixar todos se contaminarem e pagar para ver no que dar. Agora, pagar pra ver explode o sistema de saúde mesmo, e as pessoas vão morrer em uma decisão que será difícil para todo mundo ao escolhermos quem vai morrer e quem não vai.”

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