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Campanha de moda conta história do Morro do Imperador

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Se a história dita a moda e vice-versa, a escolha do Morro do Imperador como cenário para um ensaio fotográfico de moda que pretende contar parte da história da cidade não poderia ser diferente. Na tarde desta sexta-feira (14), diversos locais do ponto turístico mais tradicional da cidade serviram como locação para o projeto “O Morro”, assinado primeiro pelo produtor cultural Tiago Nieves e pelo aluno do curso de Turismo Vitor Costa. Segundo eles, a ideia surgiu há um pouco mais de um mês, após assistirem a uma palestra sobre a utilização do complexo do Morro do Imperador para ações culturais e artística. “Nossa proposta foi usar a moda para resgatar o passado da cidade e também para retratar momentos históricos, como a visita de Dom Pedro II, por exemplo. A moda foi apenas um fio condutor”, explica Tiago.

“Juiz de Fora necessita de iniciativas que valorizem seus pontos turísticos e também o seu passado, que mostre como a nossa cidade é, e foi, importante para a história do país. Nosso projeto mostra que dá para fazer coisas bacanas sem a necessidade de se gastar muito, só tempo. E tempo, por sua vez, é dedicação”, completa Vitor.

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A campanha “O Morro” foi o primeiro projeto realizado no Morro do Imperador após a reabertura do espaço para receber propostas da população, promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (Sedettur) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). O primeiro evento, um festival de cervejas, aconteceu em maio durante o Corredor Cultural. “Queremos que o Morro do Imperador passe a ser apropriado pela população nas mais diversas modalidades, como feiras, acontecimentos gastronômicos e até a realocação de eventos do nosso calendário, como o Harley Day, em setembro, que este ano acontecerá no Morro do Imperador”, adianta o assessor da pasta, Marcos Miranda. Segundo ele, a partir de agosto, pelo menos uma vez por mês, o Morro do Imperador vai abrigar um evento voltado para cervejas e gastronomia.

Equipe do ensaio

O ensaio foi aberto ao público, e a Tribuna acompanhou parte dos bastidores. Além de Tiago e Vitor, idealizadores do projeto, o historiador e diretor do Museu do Banco de Crédito Real, Roberto Dilly, participou como consultor histórico. Assinam as fotos os fotógrafos Phelipe Zatta e Thiago Kadosh; a produção, Mariana Carvalho e Nyta Gonzaga, a produção de moda é de Simone Soares; cabelo e maquiagem por Geysiele Angélica Zatta, Bárbara Braga e Jonathan Guimarães; e as modelos AnthoelyVieira, Débora Hauck, Leticia Weber e Negah Silva. Parte das fotos foram exibidas ainda na tarde desta sexta para a equipe e convidados, em um coquetel realizado no restaurante do Morro do Imperador, construído em 1970 durante a gestão do prefeito Itamar Franco. A campanha de moda será divulgada, em breve, nas redes sociais e, futuramente, em uma revista eletrônica.

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Trilha

O vestido amarelo ouro usado pela modelo, que posa em um dos trechos da trilha do Morro do Imperador, busca retratar o ciclo do ouro e, também, a visita de Dom Pedro II à cidade, no ano de 1861. Segundo a história, o Imperador teria utilizado este caminho para apreciar a vista e a paisagem.

Capela

O vestido preto foi a escolha dos produtores para retratar o lado conservador, tradicional e sério de Juiz de Fora. O significado atrela-se à passagem do século XIX para o XX, quando Francisco Batista de Oliveira ergueu um cruzeiro, que, anos mais tarde, em 1906, deu origem ao primeiro monumento em homenagem ao Cristo Redentor do Brasil.

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Mirante

Não existe local mais indicado para avistar Juiz de Fora como o mirante. Do alto é possível conferir prédios históricos, ruas e avenidas de um ponto de vista bem diferente. Ao escolher o vermelho para o vestido da modelo, os produtores quiseram retratar o amor pela cidade, contextualizado ao período em que o ponto foi construído, em 1950, pelo então prefeito Dilermando Cruz Filho, que também inaugurou linha de ônibus para o local.

TV Industrial

Juiz de Fora foi uma das primeiras cidades do Brasil a transmitir o sinal de TV. O vestido bicolor em verde e bege retrata este marco e também o estilo modernista do prédio com a torre helicoidal, erguido em 1964 pela organização Sérgio Mendes. O local funcionou como sede para a primeira estação de televisão da cidade, sendo a primeira particular de Minas Gerais, a TV Industrial.

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