A Polícia Civil de Belo Horizonte divulgou mais detalhes sobre a manobra que culminou com a prisão de dois suspeitos de terem participado do roubo à empresa Brink’s, ocorrido entre os dias 1º e 2 deste mês em Juiz de Fora. As investigações apontaram que a quadrilha, formada por cerca de 30 integrantes, já cometeu crimes em vários estados do Brasil e um roubo milionário no Paraguai. Da firma de Juiz de Fora, foram levados R$9 milhões.
Os dois presos, de 28 e 35 anos, teriam sequestrado o gerente da base da transportadora de valores. Além dele, sua esposa, um casal de amigos do gerente, um segurança da empresa e mais cinco outras pessoas foram feitas reféns. Ao mesmo tempo, a outra parte da organização criminosa manteve em cativeiro a enteada do gerente, desta vez, na cidade de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Os suspeitos foram pegos na última sexta-feira (9), em uma residência localizada no Bairro Alvorada, em Contagem. De acordo com as investigações, os homens eram responsáveis pela logística, planejamento e execução das ações. Também foram apreendidas armas e munições de uso restrito, DVRs (aparelhos com imagens de câmeras de segurança) dos locais onde eram cometidos os crimes, furadeiras para arrombar cofres, além de R$ 120 mil reais em dinheiro e uma quantia em moedas estrangeiras.
A delegada Sheila Oliveira, da Polícia Civil de Juiz de Fora, ressaltou como o grupo criminoso é metódico ao planejar as ações criminosas. “Eles planejam as ações com seis meses ou um ano de antecedência, porque recebemos informações de que eles já tinham ido a Juiz de Fora algumas vezes, antes de cometerem o crime”, destacou. As investigações continuam no intuito de prender o restante da quadrilha.
Empresa é alvo de crimes em sequência
Em Juiz de Fora, o ataque à empresa aconteceu nos dias 1º e 2 de junho, quando cerca de 30 bandidos fortemente armados fizeram 18 reféns. Já na terça-feira (6), outro carro-forte da Brinks foi atacado na MS-156, região Sul de Mato Grosso do Sul, entre Amambaí e Caarapó. Segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMR), a explosão do veículo aconteceu por volta de 10h, e as informações que chegaram à corporação eram de que foram usadas uma metralhadora calibre 50 e explosivos para o ataque.
Na manhã de quarta-feira (7), bandidos tentaram assaltar um carro-forte da firma, quando ele abasteceria os caixas eletrônicos da sede administrativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, no Centro da capital fluminense.