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Dupla acusada de matar e jogar idoso no Paraibuna será julgada quinta-feira

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Dois jovens, de 22 e 23 anos, vão a júri popular na próxima quinta-feira (19) pelo homicídio qualificado e ocultação de cadáver do advogado e policial militar reformado Carlos de Oliveira Barros, 75. O assassinato aconteceu no dia 2 de janeiro do ano passado, na Zona Norte de Juiz de Fora, e teria sido motivado por dívida de R$ 300 referente a honorários. Segundo o Ministério Público, a dupla é acusada de ter agido em concurso, desferindo golpes de pedra, tijolo e machadinha contra a cabeça e pescoço da vítima, causando sua morte no período noturno, na Estrada da Remonta, no Bairro Parque das Torres. Em seguida, os agressores atiraram o corpo do idoso no Rio Paraibuna, com a finalidade de ocultá-lo. O julgamento está previsto para começar às 9h e será presidido pelo juiz Paulo Tristão.

Segundo a denúncia do MP, após contatos telefônicos, o advogado combinou com o suspeito mais jovem de ir até a casa dele para receber a quantia de R$ 300 que lhe era devida em decorrência de serviços advocatícios prestados. Ao chegar na Estrada da Remonta, o idoso foi recebido pelo morador, que pediu para ele aguardar enquanto buscaria o dinheiro no interior da residência. Entretanto, o cliente já teria combinado com o outro envolvido, que estaria aguardando nas imediações para executar Carlos. Em seguida, o mais jovem abordou a vítima por trás, pegando-a pelo pescoço. Com auxílio do comparsa, o homem foi arrastado pela lateral da casa até os fundos do imóvel, onde há acesso para o Rio Paraibuna.

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Conforme a Promotoria, um adolescente também participou da ação, iluminando o caminho com a lanterna de um celular, enquanto os acusados golpeavam o policial reformado com pedras e tijolos. O morador ainda desferiu golpes no pescoço do idoso com machadinha, enquanto o comparsa segurava os pés dele. Após o assassinato, os suspeitos furtaram o celular e o relógio de Carlos e também atearam fogo em suas roupas sujas de sangue. Por fim, jogaram o corpo no curso d’água.

Para o MP, “os acusados agiram por motivo torpe, como retaliação às cobranças feitas pela vítima relativas a honorários advocatícios, empregaram meio cruel, dado seu inútil padecimento com golpes de pedra, tijolo e machadinha, impossibilitando sua defesa, pois foi atraída ao local e surpreendida pelo ataque repentino, enquanto encontrava-se sozinha, numa patente disparidade numérica e de forças, visto tratar-se de pessoa maior de 60 anos”.

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O idoso era morador do Bairro Bom Pastor, Zona Sul, e a família comunicou à polícia seu desaparecimento na época, mas o corpo não foi localizado, apesar das intensas buscas realizadas pelos bombeiros. Os réus foram presos no dia 17 de janeiro de 2018 mediante mandados de prisão e permanecem acautelados no Ceresp, segundo a assessoria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

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