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Após atentado, sindicato destaca qualidade do SUS

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O Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e Zona da Mata divulgou, dias após o atentado contra o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, nota pública em que destaca a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) e o sucesso do atendimento prestado ao presidenciável nas últimas quinta (6) e sexta-feiras (7), durante sua internação na Santa Casa de Misericórdia da cidade. No texto, o órgão parabenizou os médicos e toda a equipe de profissionais de saúde que “se esmeraram para salvar a vida do cidadão Jair Bolsonaro”.

A nota também destaca a qualidade do sistema de saúde pública e a qualidade de atendimento nos hospitais da cidade, não só na Santa Casa, mas em todos que atendem pelo SUS. “O pessoal é muito bom de serviço, a equipe cirúrgica é perfeitamente capaz. Juiz de Fora, hoje, está muito bem qualificada, principalmente na rede pública. E não só a Santa Casa, o HPS (Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Teixeira), o Hospital Regional João Penido, todos os hospitais públicos têm excelência de nível. Se ele (Jair Bolsonaro) tivesse ido para o HPS, com certeza teria o mesmo nível de excelência no atendimento que teve na Santa Casa”, assegurou o presidente do sindicato, Gilson Salomão, à Tribuna.

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O texto divulgado pelo órgão pontua ainda a necessidade da luta por políticas públicas para que os profissionais de saúde “possam ser, todos os dias, reconhecidos no cumprimento de sua missão”, em crítica ao “sucateamento do SUS”. O órgão reforçou ser indispensável uma política de “planos de cargos e salários compatível com a responsabilidade e qualificação de todos os profissionais que, sistematicamente, buscam oferecer um atendimento de saúde de qualidade à população”. Em 2018, o orçamento da União destinou R$ 131 bilhões à saúde – aproximadamente 7% do orçamento total para 2018.

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Procedimento custou pouco mais de R$ 1 mil

Bolsonaro foi imediatamente socorrido e encaminhado à Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora na última quinta-feira, após sofrer atentado durante ato de campanha eleitoral na cidade. O presidenciável sofreu ferimentos graves em decorrência de uma facada na região abdominal, e apresentou sério quadro de hemorragia interna, necessitando de intervenção imediata. Na Santa Casa, ele passou por uma complexa cirurgia. Segundo informações do hospital, ele foi atendido na urgência, passou por um exame de ultrassonografia e foi encaminhado para o centro cirúrgico, onde teve seu quadro estabilizado. Apenas no dia seguinte o candidato foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Conforme divulgado por reportagem da Revista Piauí, o SUS paga R$ 367,06 pela cirurgia no abdômen realizada em Juiz de Fora para estancar a hemorragia interna causada pela facada que atingiu Bolsonaro. O valor é previsto pela tabela do SUS, disponível no DataSUS, como “tratamento cirúrgico de lesões vasculares traumáticas do abdômen”, e será dividido entre todos os médicos que participaram do atendimento ao candidato. A Santa Casa de Misericórdia será remunerada em R$1.090,80 pelo procedimento.
Por meio de um vídeo divulgado no dia seguinte ao acontecido, o presidenciável, ainda abalado, agradeceu e elogiou a equipe de médicos e enfermeiros. Jair Bolsonaro disse que a “equipe maravilhosa e abençoada por Deus detectou, e evitou que o pior acontecesse. Meu muito obrigado aos médicos e enfermeiros, e a todo o Brasil por ter colocado as pessoas certas neste dia, às vésperas de nosso dia 7 de setembro”.

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Plano de governo

Em suas propostas para a área da saúde, o presidenciável Jair Bolsonaro não propõe maiores recursos financeiros para o SUS. Com base em seu programa de governo, protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sua proposta para a saúde no Brasil prevê, basicamente, o combate à mortalidade infantil e a melhoria do saneamento básico; a criação da carreira de Médico de Estado; e a inclusão de profissionais de Educação Física no programa de Saúde da Família. Ainda segundo o projeto, a ampliação e recuperação das redes de atenção à saúde serão feitas com os atuais recursos destinados à área.

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