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Projeto busca a integração de jovens por meio do hip hop

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Jonathan Samuel se juntou ao grupo de rap RDL para criar o projeto Nosso Brooklin

Mudar o caminho de jovens por meio dos poemas e das rimas, levando até eles a cultura hip hop, é o objetivo do projeto Nosso Brooklin, que, no mês de abril, iniciou um diálogo com os alunos da Escola Estadual Antônio Carlos, no Bairro Mariano Procópio, região Nordeste de Juiz de Fora. Conforme o idealizador da iniciativa, o estudante Jonathan Samuel de Souza Ananias, 22 anos, nesse primeiro momento, a intenção é ouvir as pessoas sobre as suas realidades e seus contextos. “Têm muitos jovens que estão carentes dessa atenção, e eles são o nosso foco de trabalho. Nessa primeira etapa, queremos conhecê-los e apresentar a eles a cultura hip hop. De acordo com a resposta do grupo, vamos continuar pensando no formato”, destacou Jonathan.

Para colocar a proposta em prática, o estudante convocou o RDL, grupo de rap local, e buscou a instituição de ensino onde estudou para abrir o caminho. “O pessoal da escola gostou da ideia, abraçou a sugestão e me recebeu novamente.” Segundo Jonathan, fortalecendo esse laço com os estudantes, a intenção é buscar outras escolas públicas. “O objetivo é expandir, porque quando tivermos nosso próprio espaço, nossa sede própria, as pessoas já terão a referência do que é o projeto.”
Inicialmente, o Nosso Brooklin terá duas oficinas, literatura e rap. “Na primeira, vamos levar livros, expor letras de músicas e poemas das pessoas que

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estão envolvidas no movimento hip hop. A segunda vai contar com amigos que farão uma roda de rap com os alunos”, descreve o idealizador, que vem de Belo Horizonte e se inspirou em uma outra iniciativa da qual integrou na capital. “Participei do Fica Vivo!, onde tínhamos oficinas de basquete, break, entre muitas outras. Percebo que em Juiz de Fora há uma carência de opções, e a galera fica dispersa nas ruas. Comecei a pensar em trazer alguma proposta há muito tempo, agora é a hora de fazer.”

O Fica Vivo! é um programa do Governo de Minas com o objetivo de controlar e prevenir a ocorrência de homicídios em áreas com altos índices de criminalidade violenta no estado. Em Juiz de Fora, a proposta foi anunciada para ser implantada, este ano, no Bairro Olavo Costa, na Zona Sudeste.

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Voluntários para as oficinas

Como ainda está no início, Nosso Brooklin precisa de pessoas que se disponham a trabalhar nas oficinas. O contato pode ser feito por meio das redes sociais de Jonathan ou pelo Instagram @nossobrooklin. Outra frente do projeto, que já está em andamento, é a arrecadação de livros para a biblioteca da escola. São dois pontos de coleta: Academia Coliseum (Rua Henrique Surerus, 30, Centro) e a própria Escola Estadual Antônio Carlos (Avenida Coronel Vidal, 180, Mariano Procópio).
A ideia do projeto Nosso Brooklin é promover informação e conhecimento, levando as pessoas a fortalecerem suas vozes, expondo suas opiniões e vivências por meio da linguagem do hip hop. “Há um estado de alienação com o qual quero romper. Queremos que todos consigam refletir sobre a sociedade. As pessoas se isolam, não interagem, apontam o que não gostam, mas não tomam nenhuma atitude, elas se esquecem. Desejo que esses jovens possam se expressar, mostrar suas opiniões exercendo um direito constitucional. Queremos dar voz a esses estudantes, diminuir a alienação”, conclui Jonathan que, em meio a composições de rap, faz cursinho para tentar uma vaga na escola de sargentos do Exército.

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