Uma mulher de 56 anos ficou ferida após ter a testa atingida por uma pedra quando estava dentro um ônibus urbano, na noite desta terça-feira (11), no Ipiranga, na Zona Sul de Juiz de Fora. A ação violenta aconteceu por volta das 19h30 na Avenida Darcy Vargas, uma das principais vias e mais movimentadas do bairro, levando pânico a passageiros e funcionários. Segundo informações da Polícia Militar, o coletivo da linha 137 (Sagrado Coração/Manoel Honório) fazia a rota, quando os ocupantes foram surpreendidos por um estrondo. A cobradora do ônibus, 53, e o motorista, 50, contaram à PM que os passageiros começaram a gritar. A ação criminosa teria sido praticada por quatro jovens.
A pedra foi lançada pelo lado de fora do veículo e danificou a vidraça de uma das janelas do lado direito do coletivo, lesionando a passageira. A vítima foi socorrida até a UPA de Santa Luzia, onde foi atendida com traumatismo cranioencefálico leve. Conforme a PM, ela precisou levar três pontos na testa. De acordo com a assessoria da Secretaria de Saúde, a paciente foi medicada e teve alta na mesma noite. Segundo o registro policial, ela é moradora do Sagrado Coração.
No interior do ônibus ficaram a pedra que havia sido arremessada, vários estilhaços de vidro e marcas de sangue da mulher ferida. Depois do atendimento à vítima, os funcionários do coletivo compareceram à sede da 32ª Companhia da PM, em Santa Luzia, para registrar o boletim de ocorrência. Durante o rastreamento, os policiais receberam informações de populares que o crime teria sido praticado por quatro jovens, os quais foram vistos correndo logo após o fato. Nenhum dos suspeitos foi identificado, e ninguém foi preso. O caso será investigado pela Polícia Civil.
Rixa de gangues
A suspeita é de que o crime tenha sido motivado por rixa entre gangues daquela região, já que a disputa entre grupos rivais é considerada a principal causa dos ataques a pedradas contra ônibus, embora alguns atos sejam puro vandalismo. Na maioria das vezes, os criminosos arremessam as pedras na tentativa de ferir desafetos ou apenas para demonstrar força e fazer ameaças, mas acabam machucando inocentes. As ações criminosas são recorrentes em várias regiões da cidade e causam prejuízos também às empresas, já que os veículos são retirados de circulação para registro de boletim de ocorrência, levantamento da perícia e reparo dos danos.