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Juiz de Fora tem quatro casos de meningite

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Quatro casos de meningite foram registrados em Juiz de Fora neste ano. Desses casos, um refere-se ao tipo asséptico, um de outra etiologia e outros dois não especificados. Embora não tenham sido registrados óbitos em 2019, no ano passado a doença matou três pacientes e outros 22 casos foram notificados, conforme informou a Secretaria de Saúde (PJF). Considerada grave pelo Ministério da Saúde e por especialistas, a doença decorre de um processo inflamatório das meninges – membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Nas formas mais graves, pode levar ao óbito.

 

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Contudo, os tipos da doença causados por agentes infecciosos bacterianos podem ser prevenidos por meio da vacinação. Conforme a pasta, a vacina contra a meningite bacteriana tipo C está disponível em todas a Unidades Básica de Saúde (UBSs) e não há desabastecimento. De acordo com o Calendário Nacional de Vacinação, a primeira dose deve ser aplicada aos 3 meses de idade e a segunda aos 5. A dose de reforço deve ser administrada quando a criança tiver 1 ano. Para crianças e adolescentes com idade entre 10 e 14 anos, as unidades da saúde também estão aplicando reforço – ou dose única – para aqueles que ainda não tenham tomado a vacina.

Segundo dados da Secretaria de Saúde, a cobertura vacinal em menores de 2 anos de idade em Juiz de Fora é cerca de 90%. Em bebês menores de 1 ano, a cobertura vacinal é de 98% – índice considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde.

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Vacinação é a única forma de prevenção

Na avaliação da coordenadora da Unidade da Mulher e da Criança do Hospital Albert Sabin, a médica pediatra Márcia Mizrahy, o número de casos registrados na cidade neste ano está dentro da média. Ela afirma que não há epidemia da doença, mas alerta sobre a extrema importância da vacinação. Segundo ela, a vacina é a única forma de prevenção contra as meningites bacterianas. “O mais importante é que as formas bacterianas têm prevenção. As pessoas têm que se conscientizar que a vacina é muito eficaz, e temos que focar nisso acima de tudo”, alerta.

Além dos agentes infecciosos bacterianos, os agentes virais também são importantes do ponto de vista da saúde pública e clínico. No entanto, conforme a especialista, a meningite causada por vírus, menos comum, ainda não tem vacina preventiva. O tratamento da doença deve ser imediato, com uso de antibiótico intravenoso. “A criança deve, inclusive, ser internada em unidade de terapia intensiva pediátrica, isso é importantíssimo. Todas as medicações devem ser feitas de forma adequada, porque as meningites podem deixar sequelas neurológicas graves”.

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Ela explica que além da vacina contra meningite bacteriana tipo C, variação mais comum da doença, outras vacinas contra outros tipos de bactéria (ver quadro) são disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Na rede pública temos (vacinas) para a meningite meningocócica tipo C, pneumocócica e contra a causada por haemophilus. E desde do início da aplicação das vacinas, o número de crianças com meningite diminuiu vertiginosamente”. Entretanto, a médica afirma que em algumas regiões do país já existem outras cepas bacterianas, cuja vacina preventiva está disponível somente na rede privada de saúde.

Maior risco em bebês

A pediatra afirma que a doença é mais comum em bebê. “Geralmente a criança começa com sintomas de irritabilidade, recusa mamária, para de sorrir e apresenta febre intensa. Nas crianças maiores pode haver rigidez de nuca”. Em casos raros, explica, a doença pode atingir adultos e ser contagiosa. “Tendo a suspeita da doença em crianças que têm contato com outras, em escola e creches, é importante que seja feita alguma profilaxia”, pontua.
Sintomas como mal-estar, náusea, vômito, fotofobia (aumento da sensibilidade à luz) e confusão mental também podem aparecer.

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