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JF enfrenta maior estiagem de 2017

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(Foto: Fernando Priamo)

Juiz de Fora completou, nesta segunda-feira (11), 21 dias ininterruptos sem chuvas. A situação é causada pela massa de ar seco e quente, que predomina em todo o Brasil central e região Sudeste, e funciona como um bloqueio atmosférico. Quando em atuação, as frentes frias não conseguem avançar e, por isso, os dias são quentes e sem chuvas. Outra consequência é a baixa umidade relativa do ar, que, nesta segunda, chegou ao patamar mínimo de 44%, abaixo do nível considerado ideal para o conforto humano, acima dos 60%, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A estiagem de três semanas consecutivas, a maior em 2017, deve durar pelo menos mais sete dias, segundo estimativa do meteorologista Claudemir Azevedo, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Segundo ele, existe uma remota possibilidade de chuviscos em áreas isoladas na Zona da Mata, mas o que não seria suficiente para caracterizar uma chuva. “É um fenômeno normal para esta época do ano e tem como uma das características se manter durante vários dias consecutivos”, pontuou. A fim de comparação, no ano passado, a cidade chegou a enfrentar 40 dias completamente secos, entre 2 de julho e 10 de agosto.

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Ao longo da semana, o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) estima grande amplitude térmica. Ou seja, dias quentes e noites frias. Nesta terça (12), a mínima esperada é de 14 graus, mas na quarta (13), ela já declina para 10 graus, chegando a 9 graus na quinta (14) e sexta-feira (15). Já a máxima deve ficar entre 28 e 33 graus até sexta-feira.

Represas

Apesar da estiagem prolongada, as represas que abastecem Juiz de Fora estão com níveis satisfatórios. O manancial João Penido tem 53,3% de sua capacidade de acumulação, enquanto que Chapéu D’Uvas, 11 vezes maior, tem 67,8%. Já a Represa São Pedro, que é pequena e, por isso, sofre grande variação, está com 49,8%.

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Os dados são diferentes dos observados, na mesma época, nos anos de 2014 e 2015, quando uma crise hídrica atingiu quase toda a região Sudeste do Brasil. Apesar de 2017 ter precipitações ainda menores que as deste período, as represas estão mais cheias por causa da contribuição de Chapéu D’Uvas, que, naquela época, ainda não operava. Em setembro de 2015, por exemplo, João Penido só tinha 24,3% de água, e São Pedro, 22%.

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