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Especialistas dão dicas para o segundo dia do Enem

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William Novato e Luiz Francisco Fazza destacam para o aspecto interdisciplinar das questões desta fase (Foto: Marcelo Ribeiro)

Mais um dia de provas aguarda os 5,5 milhões de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os candidatos serão avaliados neste domingo (11) em questões de Ciências da Natureza e Matemática, a partir das 13h30, sendo que os portões nos locais de prova abrem ao meio-dia e fecham às 13h. Às vésperas do exame, a Tribuna conversou com especialistas para conferir dicas aos estudantes que irão realizar a prova.

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Nesta edição, o segundo dia do exame terá 30 minutos a mais, e os estudantes contarão com cinco horas para responder as 90 questões relacionadas às disciplinas de química, física e biologia, além de matemática. O acréscimo na duração da prova pode ajudar na interpretação das perguntas pelos candidatos, de acordo com Luiz Francisco Fazza, professor de biologia e coordenador de Ciências da Natureza do Colégio dos Jesuítas. “Ao mesmo tempo, é uma prova muito extensa. Costumo brincar com os alunos que, na verdade, a dificuldade não é nem o fator principal, mas sim a maratona em termos de tempo. Você pensar rápido e fazer todas essas questões é o maior complicador.”

Para o professor, o tempo a mais pode ajudar ainda em momentos para relaxar durante a prova ou mesmo reservá-lo para preencher o gabarito. “Quando eu fiz vestibular, por exemplo, sempre reservava de 10 a 15 minutos para respirar um pouco, ir ao banheiro e dar uma respirada. De repente, pode ser uma vantagem você se planejar para usar um tempo desses ao seu favor nesse sentido: para dar uma tranquilizada e depois embarcar novamente na prova.”

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Lidar melhor com o tempo pode ser um fator importante durante a avaliação, e uma sugestão, especialmente para a área de exatas, é selecionar pontos centrais nas questões, segundo William Novato, professor de química do Colégio Equipe. “Uma dica é pegar a pergunta e ler de trás para frente, para você focar exatamente no objetivo e aí sim procurar na questão o que está sendo perguntado. Se não, você perde muito tempo”, explica. “As questões, tanto em química, física, matemática ou biologia, são muito longas e têm um raciocínio lógico extenso. São muito conteudistas e, por conta disso, acho que se focar no ponto central, você ganha muito tempo.”

Interdisciplinaridade

De acordo com os especialistas, as provas do segundo dia do exame contam com uma interdisciplinaridade entre as habilidades testadas, o que, de certa forma, traz uma complexidade para a avaliação. “Quando os professores pegam a prova para gabaritar, ao comparar o gabarito um com outro, entramos em discussões e muitas vezes não fechamos completamente a opinião. Ficamos imaginando um aluno do ensino médio fazendo isso”, conta Fazza. “Às vezes, a prova pode dificultar o aluno, trazendo uma angústia maior nesse sentido por causa dessa complexidade das questões e da interdisciplinaridade.”

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Apesar de haver uma divisão entre ciências da natureza e matemática, a última disciplina é aplicada em questões das outras áreas. “As provas de exatas pegam justamente pela dificuldade de elaboração do raciocínio lógico, junto com os cálculos”, afirma Novato. “Além da interpretação, tem que saber muito matemática, independente da área que você atua, inclusive biologia.”

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Outra dica dada pelos profissionais está relacionada a interpretação de texto, competência cobrada pelo exame. “Em muitas questões, basicamente, a resposta está apresentada na própria questão. Às vezes, o texto induz a uma resposta pelas características que têm no próprio texto”, explica Fazza.

Professores destacam descanso para realização de uma boa prova

Pontos relacionados ao bem-estar dos estudantes são fatores importantes para realização de uma boa prova no domingo. “Se você não dormir bem, você não vai conseguir pensar direito, porque tem uma série de processos no seu cérebro que te impedem de fazer isso. Se você não comer bem ou se estiver estressado, também não consegue”, aponta Novato.

Estudar na véspera pode não ter tanto impacto durante a prova, mas, de acordo com Fazza, se for necessário para que o estudante se sinta confiante, a possibilidade não precisa ser descartada. “Se você pegar uma hora a mais para estudar no sábado ou no domingo de manhã, não fará uma diferença substancial na prova. Mas se você julgar necessário uma última revisão para ficar seguro, então faça”, afirma. “Faça o que te deixa mais tranquilo e mais leve. É o que eu sugiro.”

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