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Saiba quais são os conteúdos mais abordados no Pism I da UFJF

Esquema de trânsito para o Pism 1 da UFJF

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Mais de 14 mil candidatos realizam as provas do módulo I do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) nestes sábado e domingo (10 e 11). Após um ano atípico, a apreensão de estar diante da primeira etapa para o ingresso no ensino superior pode ser ainda maior. Mas compreender os tipos de conteúdo que costumam ser cobrados pode ajudar os estudantes a manterem a calma neste momento. Pensando nisso, o JF em Dados, estratificou quais foram os temas mais abordados nas provas de múltipla escolha aplicadas nas últimas três edições do Pism I, realizadas entre 2017 e 2019.

Para verificar quais foram essas temáticas, o levantamento considerou que, em cada edição do Pism I, foram aplicadas provas de Biologia, Física, Geografia, História, Literatura, Português, Matemática e Química, tendo cinco questões cada uma. Desta forma, o período analisado pelo levantamento considera um total de 15 questões por disciplina.

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Os resultados mostram que alguns conteúdos apareceram de forma recorrente, como, por exemplo, a biologia celular, que foi tema de um total de dez das 15 questões de Biologia. A mesma proporção foi identificada nas provas de Química com relação às perguntas sobre elementos químicos.

Nos exames de Geografia, a geofísica foi o assunto mais cobrado, presente em sete questões. Já nas avaliações de Literatura, houve predominância de perguntas relacionadas aos conceitos básicos. Nas últimas duas edições, surgiram questões sobre os movimentos literários.

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A análise elaborada pelo JF em Dados e pela Tribuna apontam para uma constância dos temas exigidos nos últimos anos. Entretanto, é preciso considerar que, nesta edição, que inicialmente estava marcada para acontecer em 2020, a pandemia pode estar inserida no contexto das provas.

Para Matheus Valentim, cofundador do JF em Dados, as informações ajudam a nortear os candidatos sobre como é a seleção e, também, a naturalizar as dificuldades que eles possam apresentar, já que o material também aponta a faixa de pontuação dos candidatos ao longo dos anos. “Os dados dão uma ideia do conteúdo cobrado nas provas e mostram como algumas são bem conservadoras, como as de Física e as de Matemática”, comenta.

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A pesquisa usou como base para a categorização das temáticas de cada disciplina os temas elencados pela própria UFJF nos conteúdos programáticos divulgados antes da realização das provas. Esta classificação foi aplicada nas questões cobradas nos exames em cada um dos três anos analisados. Os dados sobre a participação e a pontuação dos candidatos utilizados pela pesquisa também foram divulgados anteriormente pela UFJF.

Física mantém padrão, mas História é diversificada

As três últimas provas de Física do Pism I apresentaram o mesmo padrão de avaliação, contendo uma questão sobre energia e quatro a respeito do conteúdo de movimento e força.

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Já as provas de História foram mais diversificadas com relação aos temas, sendo abordados temas como islamismo, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e colônias.

A professora de História nos Colégios Conexão e Stella Matutina e coordenadora do Ensino Médio no Colégio Conexão, Bernadette Heluey Moreira Fernandes Barata, observa que o programa de conteúdos cobrados nas provas do Pism estão estabelecidos há anos, e que a repetição da ementa é algo esperado. “Dentro da disciplina de História, esses conteúdos serão sempre abordados. O que tem mudado ao longo dos último anos é o tipo de questão. As questões estão mais ágeis, menos conteudistas”, diz.

Conforme a professora, os tipos de questões também têm se assemelhado aos já cobrados pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “O modelo da prova começou a mudar. Agora, são questões mais contextualizadas, fazem link com a atualidade. Isso me parece uma tentativa de se aproximar do Enem de algum tempo atrás, embora este exame também esteja mudando. Pelo menos na prova de História, as questões cobradas nestes últimos anos exigem do aluno interpretação e perspicácia, e cobram um conteúdo menos formal.”

Provas devem cobrar atualidade, aposta professor de Geografia

Uma das apostas do coordenador pedagógico do Colégio Apogeu e professor de Geografia, Tiago Simões Bernardes, é de que a prova do Pism I deve seguir os padrões dos últimos anos e, também, a linha de questões abordadas nas provas dos módulos II e III, também realizados em 2021. “De um modo geral, devem aparecer questões que cobrem do aluno uma interpretação da realidade”, analisa.

Ainda na avaliação de Tiago, o nível de dificuldade do exame não deve ser tão alto. “O que a gente percebeu na prova do Pism II é que as bancas não foram tão duras, não cobraram questões absurdas, de níveis difíceis. Foram questões de níveis fácil a médio. Eu acredito que o Pism I, por envolver alunos que ainda não têm um domínio da prova, associado à perspectiva da pandemia, não seja uma prova de alto nível de dificuldade”, aposta.

Especificamente na área de Geografia, o professor vê recorrência na abordagem de algumas questões. “Na prova de Geografia há uma recorrência da cobrança dos temas, como meio ambiente, água, escassez de recursos naturais, problemas climáticos. A maior parte das questões fechadas cobram assuntos sobre meio ambiente e impactos ambientais, por exemplo. E nos últimos cinco anos, das duas questões da prova aberta, elas alternaram os impactos causados pela ação antrópica e as mudanças climáticas, temas que vêm sendo cobrados de forma substancial, e principalmente como reverter ou minimizar esses problemas”, analisa.

Discussões atuais também devem aparecer nesta edição do Pism I, segundo o coordenador. “Como a prova segue um padrão, e a gente já teve a edição do Pism II e III, vimos que foram cobrados conhecimentos sobre a devastação na Amazônia. Ou seja, o Pism I vai cobrar do aluno conhecimento sobre os principais impactos amazônicos. Isso é mais esperado do que qualquer outro assunto. Assim como queimadas e devastação no Pantanal, que foi algo muito debatido no ano passado. Da mesma forma que foi o Pism II, acredito que virá uma prova bastante crítica, principalmente em relação à ação do homem, natureza e biodiversidade.”

Interpretação de texto, funções e geometria

Consideradas mais complexas pelos estudantes, as provas de Português e Matemática tiveram um comportamento semelhante nos últimos anos, variando pouco das técnicas exigidas aos concorrentes. A interpretação de texto foi fundamental para uma boa pontuação nos últimos anos. Das 15 questões aplicadas, dez envolviam textos para leitura.

Nas provas de Matemática, as funções foram bastante exigidas, totalizando nove questões. Em seguida, aparece a geometria, que foi tema de cinco.

“Se pegarmos a prova de matemática do Pism I, percebemos que ela é divida em três partes, sendo que duas são funções e geometria. Se gente quiser segmentar dentro da parte de funções, normalmente é cobrado função logarítmica em um ano e, no outro, função exponencial. No ano passado foi cobrado função exponencial, então a gente entende que deve ser cobrada função logarítmica agora. Já a parte da geometria, cobra-se bastante a área de figuras planas”, analisa o professor de matemática do Colégio Conexão, Gustavo Grizendi Tostes, sobre a expectativa da prova da área para esta edição.

Participação aumenta, mas notas estão menores

O levantamento do JF em Dados também revelou que o Pism I tornou-se mais competitivo no decorrer do tempo. Isso porque, nos últimos cinco anos, o número de candidatos mais do que dobrou, passando de 6.582 para 17.728. No entanto, o desempenho apresentou queda. Em 2015, o percentual de alunos que alcançaram uma avaliação entre 160 e 200 pontos era de 5,8%. Em 2019, essa parcela caiu para 2,6%.

Na última edição, mais da metade dos candidatos ficou nas duas faixas mais baixas de pontuação, sendo que 41,2% alcançou notas entre 40 e 80 pontos, e 10,6%, entre 0 e 40 pontos. Outros 33,8% obtiveram entre 80 e 120 pontos, enquanto 11,5% registraram entre 120 e 160 pontos.

“O Pism é cada vez mais competitivo e tem um baixo aproveitamento. Isso parece assustar, mas é bom para que o aluno saiba que mesmo se ele for mal, não é uma empreitada irreversível”, afirma o cofundador do JF em Dados, Matheus Valentim. Ele se refere ao modelo criado pela UFJF, em que as provas dos módulos II e III têm peso maior em comparação ao módulo I.

Candidatos devem ficar atentos às regras

Por conta da pandemia de Covid-19, além das orientações sobre a realização das provas, como informações sobre os documentos, horários, detalhes sobre a avaliação das provas, uso de aparelhos eletrônicos, entre outros, o edital traz uma série de orientações a respeito do protocolo de biossegurança sanitária.

A principal orientação da UFJF diz respeito ao comprovante definitivo de inscrição, que é acessado pela área do candidato, no site do concurso. O documento contém o endereço em que a prova será aplicada, os dados pessoais do candidato e os horários.
Nesta edição, as provas serão aplicadas das 13h às 17h30, nas cidades de Juiz de Fora, Governador Valadares, Muriaé, Petrópolis e Volta Redonda. Os locais de prova serão abertos às 11h30 para que os inscritos possam chegar cedo e evitar aglomerações, e a recomendação é a de que os candidatos cheguem com, no mínimo, 30 minutos de antecedência. Os portões serão fechados às 13h em ponto e não há margem para atrasos. Também não haverá aplicação de segunda chamada.

No local da prova, o candidato deve apresentar um documento oficial de identificação com foto – RG, passaporte, carteira de trabalho ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Não são aceitos documentos digitais, cópias autenticadas, carteirinhas de estudante ou qualquer outra documentação não prevista no edital. O documento deve ficar disponível durante todo o tempo do exame para que os fiscais de prova possam conferi-lo.

Os portões serão fechados às 13h em ponto e não há margem para atrasos. Durante a prova, o participante deve permanecer na sala por, pelo menos uma hora e 30 minutos. A prova tem duração máxima de quatro horas e 30 minutos. A UFJF ressalta que não haverá, por qualquer motivo, prorrogação do tempo previsto para a realização das provas, em função do afastamento do candidato da sala, inclusive em casos de atendimento médico. Também não haverá aplicação de segunda chamada.

Tire suas dúvidas

– Devo usar máscaras durante a prova?
Sim. O uso de máscaras é obrigatório. O protetor facial deve cobrir totalmente o nariz e a boca, e deve ser usado desde a entrada no local das provas até a saída do ambiente. Outra exigência é que o inscrito tenha, no mínimo, uma máscara reserva, além de um saco plástico em que possa condicionar a que está usada. As máscaras reservas deverão estar em outro saco plástico e devem ser trocadas a cada três horas ou menos, caso a proteção utilizada fique úmida, suja ou molhada. Os candidatos que se recusarem, injustificadamente, a respeitar os protocolos serão eliminados. A medida também é obrigatória para os aplicadores de provas e acompanhantes de mães que estiverem amamentando. Além disso, caso algum candidato apresente desconforto de saúde durante a realização da prova, será encaminhado para outro ambiente.

– É permitido qualquer tipo de máscara?
Não. As máscaras exigidas são as cirúrgicas, de tecido – com pelo menos duas camadas – ou outras de qualidade superior. Não serão aceitas máscaras de crochê ou tricô e nem transparentes. A UFJF não distribuirá máscaras de nenhum tipo aos candidatos.

– Quais outros cuidados relacionados à pandemia são necessários?
Os candidatos devem higienizar as mãos com álcool em gel ao entrar na sala. Também não será permitida a permanência de acompanhantes no entorno dos locais de aplicação das provas, para impedir a formação de aglomerações.

– O que devo levar para fazer as provas?
O candidato pode utilizar caneta azul ou preta de corpo transparente e régua transparente. Em cima da mesa, além do documento de identificação, o candidato poderá dispor álcool em gel transparente e sem rótulo. Também serão permitidos alimentos para lanches rápidos, líquidos em garrafa transparente sem o rótulo e medicamentos, caso necessário. Pessoas que tenham cabelos compridos devem mantê-los presos durante todo o período de aplicação das provas, deixando as orelhas à vista.

– O que é proibido levar?
É vedado o uso de óculos escuros e artigos de chapelaria, como boné, chapéu, viseira ou gorro. Também é proibida a utilização de lápis, lapiseira, borracha, livros, manuais, impressos, anotações e quaisquer dispositivos eletrônicos, tais como calculadoras, agendas eletrônicas, telefones celulares, smartphones, tablets, ipods, pen drives, aparelhos de mp3 ou similares, gravadores, relógios de qualquer tipo, alarmes de qualquer espécie ou qualquer transmissor, gravador ou receptor de dados, imagens, vídeos e mensagens.

– Posso levar o celular?
O edital permite que o candidato leve o celular. No entanto, ao entrar na sala de provas, o dispositivo deve ser guardado desligado, preferencialmente sem bateria, em embalagem própria fornecida pelo fiscal.

– Posso me alimentar durante o exame?
A alimentação será feita individualmente, fora da sala de prova, acompanhada por um fiscal, em local adequado. O estudante deverá levar água, porque não haverá bebedouros disponíveis. Os locais de prova serão higienizados previamente, conforme preconiza a UFJF e a Organização Mundial da Saúde.

– Quais cuidados tomar com a folha de respostas?
Para responder as questões, os candidatos recebem um caderno de provas e uma folha de respostas. O caderno de provas contém todas as questões objetivas e discursivas. Já a folha de respostas contém espaço para marcação das respostas. Essa folha é o único documento usado para a correção. Por isso, a transcrição deve ser feita com muita atenção. A questão que não tiver opção assinalada, tiver mais de uma alternativa marcada, ou contiver machas, borrões, correções, traços, ou qualquer outra rasura será desconsiderada. Não há substituição da folha de resposta, caso o candidato erre.

– Quais são as orientações sobre transporte?
A Secretaria de Mobilidade Urbana (SMU) da Prefeitura (PJF) irá disponibilizar horários extras das linhas 545 e 555 (Universidade) para atender aos estudantes. Os horários de saída do Centro serão a partir de 10h, com último veículo deixando o campus da UFJF às 17h. As linhas 525 e 535, ambas da Universidade, não irão circular, já que as linhas 545 e 555 atenderão todos os prédios da UFJF. A orientação é de que os candidatos priorizem os ônibus para evitar engarrafamentos. Os itinerários podem ser conferidos na página da Prefeitura. Confira:

– Linha 545
Saída do Centro, da Av. Getúlio Vargas: 10h, 10h20, 10h40, 11h, 11h20, 11h40, 12h e 12h20
Saída da UFJF: 16h e 17h

– Linha 555
Saída do Centro, da Rua Benjamin Constant 790: 10h, 10h20, 10h40, 11h, 11h20, 11h40, 12h e 12h20
Saída da UFJF: 16h e 17h

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