Quem já pegou a estrada em direção ao seu destino para a folia se deparou com uma atividade bastante carnavalesca, mas, ao mesmo tempo, educativa e séria. Na manhã desta sexta-feira (9), a Polícia Militar Rodoviária (PMR) lançou, oficialmente, a Operação Carnaval, que visa alertar os motoristas sobre as regras de trânsito e os cuidados ao volante durante o feriado de carnaval. A ação aconteceu no posto do Bairro Grama, no km 70 da MG-353, e reuniu entidades ligadas ao trânsito e personalidades locais, como o humorista Pedro Bismarck, o general da Banda Daki, Zé Kodak, e o bloco Domésticas de Luxo.
“Buscamos reunir todas essas pessoas para que, juntos, pudéssemos conscientizar os motoristas sobre a importância de se respeitar regras de trânsito, de ser paciente e prudente. O trânsito está violento e está matando. A soma de esforços de todas as pessoas que estão aqui hoje é para um trânsito melhor e mais consciente”, destaca o tenente Júlio Cesar Almeida, um dos coordenadores da ação.
Pedro Bis faz alerta a motoristas
Durante a manhã, além de policiais militares, representantes do Samu, da Guarda Municipal, da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) e demais entidades abordaram os motoristas e entregaram folhetos explicativos sobre a manutenção de veículos, transporte de crianças, cuidados com pedestres e ciclistas, atenção ao volante e bebida alcoólica e direção. “Essa integração entre esses órgãos ligados ao trânsito é importante para mostrar que a conscientização resulta em menos acidentes e mortes no trânsito, e que a fiscalização é eficaz. Para se ter uma ideia, de 2017 para 2016, conseguimos reduzir em 20% o número de infrações por meio da fiscalização eletrônica, pelo uso dos radares, e em 13% o volume de autuações”, destacou o titular da Settra, Rodrigo Tortoriello.
Outro ponto destacado na ação foi a questão da deficiência física ligada aos acidentes de trânsito. Segundo a gerente do Departamento de Políticas para a Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos (DPCDH), Thais Altomar, a pasta quer intensificar a coleta de dados sobre pessoas que se tornaram deficientes após sofrerem algum acidente. “No trânsito não há apenas uma batida simples ou morte, mas pessoas que se tornam deficientes por conta dele. A gente percebe que há um número crescente, mas não há dados oficiais, pois a identificação ocorre sempre quando há mortes. Por isso vamos trabalhar, junto às vítimas, para levantar esse número. O que vale, sempre, é a prevenção, já que os acidentes poderiam ser evitados a partir do uso do cinto, manutenção do carro e atenção quanto a velocidade.”