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Vida universitária: o que muda?

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Entrar na universidade é o sonho dos candidatos que irão realizar o Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) da UFJF. Quem já passou pelo processo afirma que vale a pena todo o esforço para garantir uma vaga. “Na faculdade, a gente estuda o que gosta, tem mais motivação para ir às aulas. Você não estuda para passar em uma prova, mas para construir uma profissão”, conta o estudante do segundo período de Direito da UFJF Thiago Nunes. Outro ponto destacado pelo ex-aluno do Colégio dos Jesuítas é a convivência com pessoas de cidades diferentes. “Há uma riqueza de experiência humana.”

A estudante do segundo período de psicologia Beatriz Maia concorda. “A estrutura da faculdade também é bem diferente da escola. Temos aulas em institutos diferentes, como o de Exatas e Biologia. Isso é muito bacana e faz com que a gente conheça muita gente.” A ex-aluna da Academia ainda destaca que há maior interação na faculdade. “Fico mais tempo na faculdade, almoço no RU (Restaurante Universitário). Eu gosto disso, de ver gente. A gente acaba se identificando mais com a turma da sala. O pessoal é muito unido.”

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Mas nem tudo são flores. Ambos os estudantes enfatizam que na universidade é preciso correr atrás das oportunidades. “No ensino médio, não precisamos correr atrás das coisas, elas chegam até a gente. Somos mais controlados. Se não vamos às aulas, ligam para nossos pais. Na faculdade, as oportunidades não vêm até você, você tem que buscar por elas e são concorridas”, conta Thiago. Beatriz diz que estuda muito mais na universidade do que estudava no colégio. “As matérias são dadas mais por cima, e a gente tem que estudar por fora, ser mais autodidata. E tem muito texto para ler.”

Por outro lado, Thiago enfatiza que, apesar de precisar estudar muito, não há a pressão que existe no ensino médio. “Há muita cobrança da sociedade para que você passe no vestibular. Conheço muitas pessoas que não lidaram tão bem emocionalmente com isso. Essa pressão não deveria acontecer, as pessoas deveriam ter prazer em passar pelo ensino médio.” Nesse ponto, ele ressalta que fazer o Pism ajuda. “O Pism ajuda a aliviar essa pressão do vestibular porque é seriado. Estimula os alunos a estudarem desde o primeiro ano. Muita gente não estuda nos primeiros anos e fica na correria no terceiro ano, com o Enem.”

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As festividades também são destaque da universidade. Para Thiago, como a maioria dos estudantes oriundos do Pism faz 18 anos quando entra na faculdade, a vida universitária coincide com a maioridade. “A maioridade nos permite vivenciar mais coisas.”

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