Pouco mais de um mês após a tentativa de retirada dos moradores em situação de rua que ocupam a Praça do Riachuelo, no Centro, em uma ação conjunta entre a Prefeitura e a Polícia Militar, quem passa pelo trecho pode constatar não só a permanência de pessoas no local como os resquícios do fogo ateado no monumento das Forças Armadas e nos arredores da praça. Nesta terça-feira (dia 8), podiam ser vistas fogueiras improvisadas, além de muitas cinzas.
A Tribuna, por diversas vezes, mostrou a situação, que preocupa comerciantes e frequentadores da região. O uso do espaço como moradia resulta na prática de necessidades fisiológicas e sexo, além de brigas, venda e consumo de drogas. Segundo lojistas dos arredores, que preferem não ser identificados, o problema é reincidente. De acordo com eles, a ocupação do espaço é retomada imediatamente após as tentativas de remoção.
Procurada, a Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS), por meio de sua assessoria, afirmou que faz abordagens rotineiras no local, pelo menos uma vez por semana. O posicionamento é que a maioria que lá habita não aceita os serviços oferecidos pela Prefeitura, inclusive o aluguel social. Para esta quarta-feira (dia 9), está prevista uma nova ação realizada em parceria com a Guarda Municipal e a Secretaria de Atividades Urbanas para recolher entulhos e itens que não sejam de uso pessoal, limpar o local e tentar convencê-los a sair da praça.