Por se sentir perseguida e intimidada, a estudante de 23 anos protocolou nova ocorrência contra o professor de 61 anos da Faculdade de Odontologia da UFJF que foi denunciado por ela por assédio. No registro policial, realizado no dia 4 de outubro, a universitária relata que, após o término das aulas, encontrou o professor na saída da faculdade. Ela seguiu para o estacionamento e entrou em seu carro. Enquanto conversava com sua mãe ao telefone, percebeu que o docente caminhava em direção ao carro. A acadêmica conta que ele parou em frente ao veículo, mesmo estando chovendo bastante, e começou a encará-la de forma intimidativa. No boletim de ocorrência ainda está registrado que, no mesmo dia, a estudante foi à sala da direção da faculdade para relatar o ocorrido e fazer uma representação contra o docente, quando ele entrou no local e permaneceu tentando ver o que a jovem escrevia, encarando-a novamente de forma intimidativa.
Conforme a universitária, o boletim de ocorrência foi adicionado ao processo administrativo disciplinar realizado pela UFJF. Na última semana, a comissão responsável pelo processo pediu prorrogação do prazo para finalizar a sindicância por mais 60 dias. Segundo a Diretoria de Imagem Institucional, o prazo está previsto na legislação.
A universitária está preocupada com o adiamento da sindicância. “Eu quero resolver logo isso. Estou me sentindo muito prejudicada com ele lá porque ele não está mudando. Eu só espero que a justiça seja feita porque não foi a primeira vez que ele fez o que fez, mas a minha intenção é que seja a última. Se ele não for punido de alguma forma, ele vai se achar invencível e só irá piorar o seu comportamento.” Quatro dias após a primeira denúncia, realizada no dia 23 de junho, o professor conseguiu uma licença médica. Ele ficou dois meses afastado, reassumindo as suas funções no dia 25 de agosto.