Um homem de 33 anos é suspeito de ter espancado a própria sobrinha, 11, sob a justificativa de ter descoberto que a criança estava namorando. O caso chocante de violência doméstica aconteceu na Zona Sul de Juiz de Fora. O crime foi registrado pela Polícia Militar na noite de segunda-feira (7), após a criança ter dado entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Luzia. Conforme relato do pediatra de plantão aos militares, a menina queixava-se de fortes dores na cabeça e apresentava sangramento pelo nariz, em decorrência de um soco que teria levado de seu parente. O agressor ainda teria jogado a sobrinha violentamente contra uma parede, fazendo ela perder a consciência.
Ao ser questionada pela PM sobre o fato, a vítima contou que estava em sua casa estudando quando seu tio entrou alegando ter ouvido falar que ela estava namorando. Mesmo diante das negativas da menina, ele começou a agredi-la, desferindo um soco contra sua cabeça. O homem só teria interrompido a ação criminosa porque a sobrinha acabou desmaiando ao ser arremessada contra a parede.
A criança foi socorrida por uma tia até a UPA de Santa Luzia. A mãe da vítima estava trabalhando e recebeu a ligação da irmã, sendo informada sobre o crime quando a filha já estava internada. A mulher saiu do serviço e seguiu para a unidade de saúde, onde conversou com o pediatra sobre o estado da menina. A hemorragia já havia cessado, e os exames de raio-x da cabeça, face e tórax não identificaram fraturas. Mesmo assim, em decorrência da gravidade das agressões, a vítima foi transferida para o HPS, onde passou por uma avaliação mais detalhada. Segundo a assessoria da Secretaria de Saúde, a paciente foi atendida e recebeu alta na manhã desta terça.
Após obter todos os relatos, ainda na noite de segunda, a PM seguiu até a casa do suspeito, que seria conjugada à residência da vítima. No entanto, o homem não estava no endereço e não foi localizado. A ocorrência foi registrada como lesão corporal contra mulher no contexto de violência doméstica e encaminhada para investigação na Polícia Civil. De acordo com a assessoria da instituição, como a vítima é uma menina, o caso será apurado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher.