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Jovens são capturados por crimes contra a vida na Zona Norte

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(Foto: Felipe Couri)

Um adolescente, de 17 anos, e um rapaz, 18, foram capturados pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento em homicídio e tentativas de homicídios na Zona Norte de Juiz de Fora. A dupla foi detida em virtude de cumprimento de mandado de busca e apreensão, durante ação para combater crimes de assassinatos nos bairros Benfica e Vilas Esperança I e II, nesta terça-feira (8). De acordo com o delegado responsável pela investigação, Armando Avolio, um deles tem participação em dois homicídios tentados registrados nos dias 16 e 21 de junho. Já o outro tem envolvimento no assassinato cometido em 24 de abril deste ano, quando Samuel Bracelotti Matheus, 27 anos, foi morto com três tiros na cabeça em Benfica.

A vítima foi encontrada caída e já sem vida na Rua Dona Ana Salles, próximo à linha férrea. Samuel apresentava três perfurações à bala na cabeça. Conforme a PM, a vítima morava em Vila Esperança I, próximo a Benfica, e era conhecida no meio policial. Segundo o delegado, esse crime foi motivado por uma dívida de tráfico de drogas. Os dois capturados serão encaminhados para a Vara da Infância e Juventude com solicitação de acautelamento para ambos. De acordo com Avolio, o rapaz de 18 anos completou a maioridade recentemente, e os crimes foram cometidos quando ainda era menor de idade.

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“Um trabalho cirúrgico, porque conseguimos localizar e capturar dois adolescentes contumazes naquela região na prática de crimes contra a vida”, ressaltou o delegado. Um jovem, de 22 anos, que teria sido parceiro do adolescente envolvido em uma tentativa de homicídio foi identificado e conduzido à delegacia. Ele foi ouvido e liberado, uma vez que não havia mandado de prisão contra ele. Mas o jovem continuará sendo investigado. As duas tentativas de homicídio praticada pelo suspeito tem relação com a briga entre gangues rivais.

Duas mortes violentas a cada dois dias

Armando Avolio ressaltou que a Polícia Civil não medirá esforços para reduzir os índices de homicídios consumados e tentados na cidade. Somente no mês de julho, dezessete pessoas morreram em decorrência de crimes em Juiz de Fora, configurando uma média estarrecedora de duas mortes violenta a cada dois dias, conforme balanço que foi divulgado pela própria Delegacia de Homicídios. Apesar da frequência dos casos, houve uma queda superior a 15%, quando se compara os sete primeiros meses de 2017com o mesmo período do ano passado.

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Até agora, foram instaurados 69 inquéritos de homicídios, contra 82 até julho do ano passado. Conforme estatística da Tribuna, que contabiliza cada vítima em ocorrências de duplo ou triplo homicídio e também leva em conta os casos de latrocínio e feminicídio, foram 84 mortes violentas este ano, contra 94 no mesmo período de 2016. A diminuição é um pouco menos acentuada, mas ultrapassa 10%.
De acordo com dados da Delegacia Especializada de Homicídios, a queda foi ainda maior nos casos de tentativa de assassinato e chegou a quase 25%: foram 94 tentativas de homicídio nesses sete meses, e 124 registradas na mesma época do ano anterior. No total, houve dois crimes violentos contra a vida ligados a questões passionais, fugindo da estatística na qual cerca de 70% dos homicídios e tentativas de assassinato na cidade têm algum tipo de envolvimento com gangues e/ou tráfico de drogas

CPI das gangues

A Câmara Municipal de Juiz de Fora instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que vem sendo chamada de CPI de Combate às Gangues. O objetivo é apurar e buscar soluções para casos de violência envolvendo gangues e rivalidade entre grupos de diferentes bairros da cidade. De acordo com a vereadora e também delegada Sheila Oliveira (PTC), que presta apoio aos trabalhos desenvolvidos pela comissão, foi apresentado requerimento solicitando prazo para mais 60 dias de trabalho da CPI, que estava prevista para ser concluída este mês. O novo prazo, conforme a parlamentar, é motivado pelo recesso parlamentar que aconteceu na segunda quinzena de julho, na Câmara. Está programada para este mês, ainda sem data definida, uma palestra da subsecretária de Políticas de Prevenção Social à Criminalidade, Andreza Rafaela Gomes, da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

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