A quarta edição do Mercado Aberto movimentou a tarde deste sábado (8) na Praça Jarbas de Lery Santos, em São Mateus. Enquanto alguns saboreavam delícias gastronômicas, outros garimpavam roupas, acessórios e tantas outras opções de peças artesanais. A ideia é que o público possa comer, beber, escutar uma boa música e adquirir produtos 100% autorais. “Já vi gargantilhas de malha, quadros, e ainda não sei o que levar. Sempre olho pensando que posso presentear alguém com uma peça ou outra. Amo esse ambiente, dou o maior valor para essas pessoas, pois o que eles fazem é arte”, afirmou a aposentada Maria Cristina do Nascimento.
Entre os 45 expositores, selecionados em uma lista de 170 interessados, está o atelier “Feito com amor por Rita Couto”. Rita tem brilho nos olhos ao falar sobre as delicadas “costurinhas” que faz com uma máquina Singer preta herdada da bisavó. “Tem amor em cada pontinho, e faço tudo com muito carinho, desde a escolha do tecido até a finalização”, diz a jornalista, apontando para o que ela acredita ser o diferencial do evento. “É um artesanal feito com muita criatividade. Normalmente, são jovens que têm uma profissão e sua habilidade artística como a segunda opção, o que os fazem criar com mais liberdade.”
Pela primeira vez no Mercado Aberto, a jornalista e mestranda em moda Ana Paula Dessupoio aprovou a iniciativa. “É uma produção local e autêntica, nada feito em série”, sentencia ela. De acordo com Alice Linhares, organizadora do evento, a expectativa é a de que cerca de 500 pessoas transitem pela praça até as 20h. “Eu e meu namorado (Diego Casanova), queríamos realizar algo que não fosse voltado somente para a pessoa comprar e ir embora. Queríamos uma festa, um evento onde as pessoas fossem para se divertir. O mais interessante é que o projeto é feito de forma colaborativa. São trabalhos feitos em pequena escala. Como a tendência do mundo é valorizar isso, entramos esse espírito.”