A Polícia Civil identificou três suspeitos de terem praticado furtos nas Escola Estadual Batista de Oliveira, localizada no Bairro Costa Carvalho, Zona Sudeste. O local, por seis vezes, foi alvo de criminosos. As três últimas invasões ocorreram de forma consecutiva nos dias 27 e 28 de fevereiro e 1º de março. De acordo com o delegado responsável pela investigação, Rogério Woyame, após diligências, o trio foi identificado. Os homens seriam usuários de drogas que teriam furtado os objetos para manter o vício.
Nas ações contra a escola, foram levados 13 computadores, sete ventiladores, 30 caixas de piso, lâmpadas, fiação, equipamento de chá e utensílios de cozinha, material escolar, de escritório e esportivo. Os objetos não foram recuperados pois, segundo Woyame, foram trocados em bocas de fumo por drogas e vendidos para populares, não sendo possível localizá-los.
Nesta quarta-feira (8), duas pessoas seriam ouvidas para ajudar a esclarecer os fatos. Uma delas, inclusive, comprou objetos que foram furtados da escola e, ao saber do crime, devolveu-os e auxiliou na identificação de um dos suspeitos. Ainda conforme as apurações, dois criminosos estariam em liberdade condicional. Um terceiro envolvido negou participação nos furtos. A Polícia Civil informou que o inquérito está em fase final, e a prisão dos envolvidos será solicitada à Justiça.
Manifestação
Na segunda-feira, a comunidade escolar da Escola Estadual Batista de Oliveira foi às ruas em protesto. A mobilização reuniu funcionários, alunos e familiares para pedir mais segurança e melhorias nas condições de infraestrutura das escolas da rede pública estadual. Exibindo cartazes com dizeres como “Temos direito à educação” e ” Batista de Oliveira pede ajuda”, o grupo fechou a Avenida Sete de Setembro, em frente ao colégio, por cerca de meia hora. O protesto foi pacífico e acompanhado pela Polícia Militar.
Em função dos furtos, a volta às aulas pós-carnaval, que aconteceria o dia 2 de março, aconteceram apenas na segunda-feira (6). No mesmo dia foi realizada uma reunião com a comunidade escolar para explicar a situação que a escola se encontra após a onda de furtos.
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou essa semana que estava ciente dos problemas vividos pelo colégio e que tem trabalhado para conseguir a liberação de recursos que permitam reformá-lo. O valor total das verbas é de quase R$ 400 mil, conforme detalhado em nota pela SEE.
Além disso, uma verba de R$ 10 mil, referente a uma emenda parlamentar, destinada a aquisição de mobiliário e equipamentos (um fogão industrial, três cadeiras giratórias e seis mesas); e R$ 31.003,94, referentes ao fundo de manutenção e conservação predial.” O texto diz, ainda, que “a Secretaria reafirma seu compromisso com a melhoria da infraestrutura das unidades escolares e vem empenhando esforços para que a liberação desses recursos ocorra o mais breve possível, considerando a situação de calamidade financeira que o Estado de Minas Gerais está enfrentando.”