Iniciativa implantada no início de dezembro, o Comitê Municipal de Enfrentamento à Dengue atuará em parceria com diferentes órgãos e segmentos da sociedade civil nas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, que também é vetor da febre amarela, chinkungunya, e zika vírus. A mobilização foi anunciada pela Prefeitura de Juiz de Fora na manhã desta sexta-feira (8) reúne forças não somente ligadas ao Poder Público municipal, mas também o Governo de Minas, Conselho Municipal de Saúde, o Tupi, a 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha, a Arquidiocese de Juiz de Fora e as igrejas evangélicas através do Conselho de Pastores de Juiz de Fora (Conpas). O grupo contará com um núcleo técnico que irá atuar 24 horas por dia nas ações de vigilância ao atendimento à saúde na atenção primária, urgência e emergência e rede privada.
Ações
As secretarias municipais irão reforçar as ações de conscientização, assim como o Demlurb. A participação da 4ª brigada será iniciada na Zona Norte e se estenderá a outras regiões com o empenho do exército nas ações durante três meses. Já o Tupi irá ceder jogadores para as campanhas de conscientização da população e para realizar intervenções com faixas e camisas durante os jogos no estádio municipal. A mobilização também se dará nas missas e cultos de igrejas evangélicas, contando com o apoio de entidades religiosas. A gerência regional de Saúde de Juiz de Fora irá atuar na capacitação e treinamento dos agentes. Segundo o superintendente Oleg Abramov, é necessário também envolver os agentes de saúde no trabalho, garantindo, pelo menos, duas visitas às residências até o fim de fevereiro”.
Segundo o prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira (PMDB), a proliferação do mosquito tem gerado uma preocupação muito grande entre os setores ligados à administração pública. Ele afirma que o convite às instituições foi atendido de imediato, no entanto, reforçou a importância do papel da população. “A batalha será muito grande. É preciso que a população contribua dentro das residências, que os juiz-foranos retirem de 10 a 15 minutos por semana para olhar se há foco do mosquito e fazer o combate à dengue”, destacou.
Mais agentes
Bruno explicou que, se for necessário, será decretado o estado de emergência para facilitar a contratação de mais agentes de endemia para atuarem nos bairros. “Iremos verificar nas próximas semanas os índices do Liraa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti). Essa possibilidade não está descartada. Se for necessário, vamos publicar o decreto de emergência para a contratação de novos agentes”, disse. O subsecretário de Vigilância em Saúde, Rodrigo Almeida, destacou que haverá um trabalho minucioso nas residências, com a implantação de telas em caixas d’água, recolhimento de lixo, entre outras ações.