O prazo para término das entrevistas para o Censo Demográfico 2022 foi prorrogado mais uma vez. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) as coletas vão acontecer, pelo menos, até o fim de janeiro. Em Juiz de Fora, os recenseadores já entrevistaram mais de 410 mil pessoas, o que representa cerca de 70% da população estimada: 577 mil.
Segundo a representante do IBGE em Juiz de Fora, Ana Cândida de Paiva, o objetivo é recolher dados do máximo de pessoas, tendo como margem apenas 5% da população que pode deixar de ser entrevistada. Portanto, os recenseadores têm até o fim de janeiro para entrar em contato com mais de 167 mil pessoas. “Essa margem de 5% é o limite de pessoas que podemos deixar sem recensear. Mas o objetivo é que esse número seja bem menor, próximo a zero.”
Atualmente existem 450 recenseadores trabalhando em Juiz de Fora, uma equipe maior do que a observada no último mês, quando a cidade contava com 250 funcionários. “Nós recebemos recenseadores de cidades vizinhas que já tinham coletado as informações de suas áreas de atuação e foram realocados para Juiz de Fora. Além disso, fizemos treinamentos recentes para colocar mais pessoas na rua a fim de cumprir o nosso objetivo até o final de janeiro.”
Mais de 10% dos domicílios com morador ausente
O morador ausente, ou a recusa velada – que é quando a pessoa finge que não está em casa para não atender o recenseador – é o maior problema para a coleta de dados, segundo Ana Cândida. Em números absolutos, foram visitados cerca de 236 mil domicílios. Nestes, o IBGE não conseguiu encontrar o morador em mais de 25 mil. “Algo que dificulta muito o trabalho de pesquisa são os moradores que pedem para o recenseador voltar depois. Eles têm um cronograma de moradias a seguir e um horário estipulado. Voltar depois, na maior parte das vezes, é quase impossível.”
Já a recusa explícita, que é quando a pessoa se recusa a responder a pesquisa, ocorreu em 2.580 domicílios. “Nessa época de chuva, como agora, é ainda mais difícil para os recenseadores, que ficam na rua o dia inteiro. Ainda tem pessoas que se recusam a recebê-los em casa porque estão molhados.”
Apelo pela busca ativa
Uma forma de ajudar o trabalho do Censo é optar pela busca ativa ao recenseador. Caso o recenseador vá até o imóvel e não encontre o morador, ele deixa uma folha de recado onde consta um número de telefone. Por ele, é possível agendar a visita para um outro horário no qual o morador possa responder a pesquisa. Ana Cândida afirma que, em Juiz de Fora, essa busca ativa está muito baixa, “quase nula”, e reforça o pedido para que as pessoas contribuam com o Censo 2022. “Através desse número de telefone, que também é Whatsapp, é possível, inclusive, responder o questionário por telefone. Basta apenas que o morador tenha essa primeira iniciativa e busque o IBGE.”