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Restaurante Churrasqueira é interditado após fiscalização

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O restaurante Churrasqueira, localizado no Bairro Alto dos Passos, Zona Sul, foi interditado neste domingo (6) após fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). Em entrevista à rádio CBN na manhã desta segunda-feira (7), o fundador e proprietário do estabelecimento, Célio Oliveira, lamentou o ocorrido e informou que tentará reverter a situação. O restaurante teria recebido duas autuações: uma referente ao funcionamento após 22h, na última sexta (4), e outra neste domingo. Desde 24 de novembro, uma resolução da Prefeitura determinou que o horário de bares e restaurantes passasse a ser de segunda a sábado, das 10h às 15h e das 18h às 22h.

De acordo com Oliveira, o estabelecimento deve assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ainda essa semana para que o funcionamento da Churrasqueira seja retomado. Para o proprietário do estabelecimento, o setor de alimentação fora do lar está sendo colocado como “vilão da história”, visto que outros pontos causariam aglomeração e trariam mais riscos de contaminação pelo coronavírus. “Vemos festas clandestinas, aglomerações em bancos, lotéricas e feiras livres. Não queremos que parem com protocolos. Na Churrasqueira do Alto dos Passos, nós fizemos grandes investimentos para mudar a casa – que é uma referência para o juiz-forano poder levar convidados. Eles proíbem o funcionamento no nosso melhor dia de movimento que é domingo, apenas com delivery. Nós não temos delivery, como vamos fazer?”, questiona.

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Conforme Célio Oliveira, limitar o horário de funcionamento dos setores pode, na realidade, trazer mais riscos. “Sempre procuram fechar no momento em que, em vez de você ter 24 horas para trabalhar, eles te deixam trabalhar durante seis horas. [Com isso] a tendência é de aglomeração, eu penso.”

Ainda durante entrevista à CBN, o proprietário da Churrasqueira destacou a importância do trabalho do Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19, entretanto, defendeu que o lado econômico também deveria ser levado em conta nas medidas adotadas. “O Comitê tem boas intenções, mas fico pensando que deveria ter dois lados. Tem o lado que eles veem da vida. Nós também temos medo, por isso seguimos os protocolos. Mas e a atividade econômica e os empregos, não importam? Penso que ficar sem salário é também um motivo de se perder a saúde. A pessoa precisa ter emprego, precisa ter comida na mesa, esse lado tem que ser visto também”, afirma.

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Autuações

Sobre o funcionamento após 22h na última sexta, o proprietário esclareceu que não recebe clientes após esse horário, entretanto, não seria possível “mandar os clientes embora”. “Nós encerramos a cozinha e fechamos os portões antes das 22h, mas as pessoas ficam um pouco mais. Os fiscais já foram, eles são compreensíveis e educados, eles entendem, mas têm que cumprir regras que vêm de cima e aí aplicaram uma multa com data de sexta e uma segunda multa. Pela lei, houve interdição da casa”, explica.

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Em nota, a Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur) informou que o restaurante foi interditado no domingo, após uma ação de fiscalização da pasta solicitada pelo Ministério Público. Segundo a Semaur, o local já havia sido autuado “por não seguir os protocolos de segurança relativos ao combate da Covid-19 no Município. Com o flagrante da reincidência, foi necessária a interdição”, alega o texto.

Ainda neste final de semana, outros 13 bares e restaurantes foram autuados por desrespeito à legislação. Desde o início da pandemia, 46 estabelecimentos foram interditados pela fiscalização. No entanto, conforme a pasta, quase a totalidade destes locais puderam reabrir após passarem por adequações e cumprimento das normas de combate à Covid-19.

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