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Sindicato reclama de uso de micro-ônibus sem cobrador

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O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Sinttro) voltou a questionar, nesta segunda-feira (7), a utilização de micro-ônibus sem cobrador nas ruas de Juiz de Fora. Segundo o Sinttro, o uso de veículos sem a presença de um cobrador seria “proibido pelo Acordo Coletivo de Trabalho assinado pelas empresas recentemente para 2022/2023”. Também por meio de nota, o Consórcio Via JF confirmou a utilização de micro-ônibus e disse que “não existe acordo com o Sinttro a respeito deste tema”. A concessionária informou ainda que tais veículos circulam sem cobrador desde 2016, em acordo com o edital de concessão.

De acordo com o Sinttro, a situação foi identificada por um de seus diretores, que, “em defesa dos postos de trabalho dos cobradores”, impediu a saída de um destes veículos da garagem da concessionária e registrou um boletim de ocorrência junto à Polícia Militar. “Porém, logo depois não só este ônibus foi para as ruas, mas outras linhas também começaram a circular”, afirma o Sinttro. A categoria não descarta recorrer à Justiça para barrar a circulação de veículos sem cobradores ou mesmo a realização de “paralisação de todo o sistema de transporte coletivo nesta terça-feira (8)”.

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Em nota encaminhada à Tribuna, o Consórcio Via JF afirmou que iniciou nesta segunda “a circulação de micro-ônibus nas linhas 321 Vila Ozanan, 424 Aracy, 621 Democrata e 655 IF Sudeste x UFJF”. “Esclarecemos que os micro-ônibus operam no sistema desde 2016, e que sempre circularam sem cobrador, inclusive por falta de exigência no edital, o que também foi objeto de decisão judicial transitada em julgado. Por isto, a circulação de micro-ônibus sem o cobrador não afronta qualquer regra normativa ou legal, e atende a necessidade e direito dos usuários a um transporte eficiente e de qualidade”, defende a concessionária.

O Consórcio afirma ainda que todos os micro-ônibus que iniciaram a circulação nesta segunda-feira são veículos zero quilômetro. “A linhas escolhidas para a circulação dos micro-ônibus possuem uma baixíssima demanda de passageiros por percurso e possuem também baixo índice de pagamentos de passagens em dinheiro. Por fim, (o consórcio) informa que não houve nenhuma demissão e continuará respeitando a legislação municipal”, diz a nota.

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Nota da PJF

Questionada pela Tribuna, a Prefeitura de Juiz de Fora respondeu que “trabalha com o compromisso da manutenção dos postos de trabalho no sistema de transporte”. “É importante ressaltar que todo trabalho que a Prefeitura realiza é na perspectiva da melhora na operação e no oferecimento de um sistema de transporte eficaz que possa servir a todas as pessoas da cidade”, afirmou, em nota, o secretário municipal de mobilidade urbana, Tadeu David.

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