As passageiras envolvidas na ocorrência, que terminou com um motorista de aplicativo esfaqueado, e uma testemunha que seriam ouvidas, nesta quarta-feira (7), não comparecem à Delegacia Especializada em Homicídios, como informou o responsável pelo inquérito, Rodrigo Rolli. De acordo com ele, os depoimentos e a acareação foram remarcados para a tarde desta quinta-feira (8). O delegado também adiantou que sua equipe está à procura de imagens melhores de câmaras de segurança, uma vez que as conseguidas até agora não têm boa qualidade. Para ele, essas imagens são importantes, porque servirão de base para arguir testemunhas. “Também já requisitamos o prontuário médico da vítima no Hospital de Pronto Socorro (HPS)”, afirmou, acrescentando que iria conversar com a família do motorista e analisar a necessidade de se realizar uma perícia no veículo.
O condutor do Uber, de 43 anos, teria sido esfaqueado por um passageiro, na noite do último sábado (3), na Rua Espírito Santo, no Centro de Juiz de Fora. De acordo com a Secretaria de Saúde da Prefeitura, ele permanece internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do HPS em estado grave, mas estável.
Segundo a investigação, durante o deslocamento do Uber, houve uma discussão no interior do carro entre o motorista e os três passageiros, sendo duas mulheres, de 32 e 28 anos, e um homem, 31. O desentendimento, a princípio, por parte dos clientes, seria pelo motivo de o condutor não querer ligar o ar-condicionado. Já o motorista teria alegado que também entrou em atrito verbal, porque os passageiros não quiseram utilizar a máscara, conforme determinação do Ministério da Saúde para prevenção à Covid-19. O veículo parou na Rua Espírito Santo, onde os ocupantes desceram e aconteceu uma briga, que resultou no ferimento ao motorista.
Após ser esfaqueada, a própria vítima se deslocou com seu carro para o HPS, onde foi atendida e hospitalizada. Os três passageiros foram presos em flagrante e conduzidos para a delegacia. Apenas o homem, 31, teve sua prisão ratificada, sendo encaminhado para a cadeia de Matias Barbosa por questões preventivas da Covid-19. As duas mulheres foram liberadas.