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Suspeito flagrado pelo Olho Vivo é indiciado por estupro de vulnerável

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A Polícia Civil finalizou o inquérito sobre o caso de abuso sexual flagrado por câmera do Olho Vivo, no dia 18 de maio, em Benfica, Zona Norte de Juiz de Fora. De acordo com a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, um homem de 43 anos vai responder por estupro de vulnerável, cuja pena varia de cinco a 15 anos de reclusão. A delegada Ione Barbosa concluiu que a mulher, de 57, que descansava em uma calçada quando começou a ser aliciada, estava inconsciente devido ao consumo de álcool e de remédio controlado, sem condições, portanto, de reagir às investidas criminosas.

O suspeito chegou a ser preso em flagrante no dia do crime, quando policiais militares foram acionados pelo setor de monitoramento do Olho Vivo. No entanto, conforme a delegada, ele conseguiu alvará de soltura e responde em liberdade desde o dia 22. “Infelizmente, ele se encontra liberado pela Justiça, após o flagrante ter sido confirmado pela Polícia Civil. Quero destacar a importância das câmeras nesse caso. Toda prática de estupro é abominável, mas esse ainda foi registrado pelo sistema de segurança. São cenas bárbaras, praticadas de madrugada em via pública, um ato desumano. Ele é uma ameaça, não só para essa vítima, mas para a sociedade inteira”, pontua Ione.

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Segundo a delegada, a mulher abusada sentiu-se tão acuada diante do ocorrido e da soltura do suspeito, que não conseguiu sair de sua casa por cerca de duas semanas, com medo. “Ela está apavorada, principalmente pelo fato de ele estar solto.” Acompanhada de um de seus oito filhos, no último dia 2 ela seguiu até a Delegacia da Mulher, no Vitorino Braga, Zona Sudeste, para ser novamente ouvida. “Em depoimento, ela fala que ficou embriagada e, em determinado momento, senta na calçada para descansar e adormece. Perdeu completamente os sentidos. Por alto, lembra que alguém a pegou. Quando acorda, já está praticamente no HPS. Ela relembra aos poucos, vendo as imagens.”

Já o suspeito alegou que a vítima estava consciente. No entanto, as filmagens revelam o contrário. “Ele chega a arrastá-la e deixa lesões tanto nos braços quanto nas pernas. A imagem o mostra começando a tirar a bermuda (que estava em cima de uma legging) e começando os abusos de todos os tipos.” Ainda conforme Ione, a coleta de material feita durante os exames no HPS foi encaminhada para análise no Instituto de Criminalística, em Belo Horizonte. “Mas não precisa ter ocorrido conjunção carnal para caracterizar o estupro, que, atualmente, é qualquer ato libidinoso”, destacou a policial.

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