Juiz de Fora pode ter um Laboratório de Crimes Cibernéticos para apurar os delitos cometidos por meio da internet, principalmente pelas redes sociais. Hoje, apesar de as denúncias serem crescentes no município, não há um departamento específico para investigá-las na região. No caso da Polícia Civil, este órgão só existe em Belo Horizonte. De acordo com a delegada de Mulheres e vereadora Sheila Oliveira (PTC), que defende a vinda do núcleo de apuração destes crimes para o município, a espera para se apurar um crime cibernético na cidade e região pode ser de até dois anos.
“O único laboratório para apurar crimes cibernéticos fica em Belo Horizonte e atende aos 853 municípios do Estado de Minas Gerais. Eu enviei um notebook para Belo Horizonte para ser periciado e tive que esperar dois anos para receber o resultado, pois são muitas cidades com demandas. Por isso estou com conversas adiantadas com o Núcleo de Tecnologia da Informação e, se for implantado o Laboratório de Crimes Cibernéticos em Juiz de Fora, a resposta será mais rápida para sociedade”, afirma a delegada.
Para reforçar que os crimes cibernéticos são crescentes, a delegada Sheila Oliveira chama a atenção para os casos já conhecidos e para um novo golpe, que surgiu no Sul do país, contra usuários do aplicativo WhatsApp. Com a ajuda de funcionários de operadoras de telefonia, os falsários conseguem clonar as contas para pedir dinheiro a familiares e amigos das vítimas. O esquema consegue tirar do ar o celular da vítima e, assim, assumir a conta e enviar mensagens aos seus contatos, solicitando transferências bancárias.
O golpe chamou a atenção da delegada, que alerta que, apesar de os crimes ainda não terem acontecido em Juiz de Fora, a população deve ficar atenta, pois são diversas as denúncias de crimes cibernéticos praticados não só através do aplicativo WhatsApp, como também em outras redes sociais. Sheila destaca ainda que os crimes também são cometidos pela internet contra empresas, com divulgação de cadastros de clientes. Outra preocupação da delegada é com relação a programas maliciosos, que são instalados nos telefones celulares das vitimas, afim de espalhar fotos e vídeos íntimos e, até mesmo, com intuito de persegui-las.