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Banco de alimentos já arrecadou mais de 25 toneladas

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Pablo, Rafaela, Dábora e Rodrigo, do mesa Brasil, em colheita no galpão Benassi (Foto: Cássia Miranda Segregio)

A primeira experiência de banco de alimentos, em Juiz Fora, ainda vai completar três meses de operação, mas já comemora os primeiros resultados. Nesse período, o “Mesa Brasil”, do Sesc, arrecadou mais de 25 toneladas de comidas que poderiam ter o lixo como destino, mas foram entregues a 38 entidades de assistência social parceiras da cidade, além de outras oito da região. O volume de alimentos, provenientes de doações das empresas Atacadão, Makro, Carrefour e grupo Benassi, é composto por frutas, verduras, legumes e perecíveis ensacados pouco atrativos para venda, embora ainda aptas ao consumo humano. Considerado um banco de alimentos embrionário, a iniciativa do Sesc faz apenas o armazenamento pontual dos produtos doados, já que o foco é a destinação imediata para as entidades parceiras. No futuro, a expectativa é ampliar o programa para funcionar como um banco tradicional, estocando as comidas recebidas.

De acordo com a nutricionista Débora Freitas, responsável pelo programa na cidade, as mais de 25 toneladas de alimentos recolhidos estão dentro da expectativa inicial, se considerar a infraestrutura prevista já no primeiro momento. No entanto, por questões burocráticas, a operação ainda está aquém do planejado e, por isso, o volume poderia ter sido maior. “Temos apenas um carro de apoio hoje, que é pequeno. Mas já existem outros dois, maiores, já preparados, aguardando apenas os trâmites com a seguradora. Com mais estes veículos, vamos contratar mais um motorista e um auxiliar, o que poderá ampliar a nossa capacidade de buscar as doações e fazer a entrega.”

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Outro ponto destacado por Débora é que a cidade está, aos poucos, abraçando a ideia do banco de alimentos. Prova disso é que, apenas em abril, foram 15 toneladas recolhidas, e novas empresas acabam de se credenciar para serem doadoras. São elas a Rede Super Mais, o Brasil Gourmet (produtos congelados), a padaria artesanal Bem Brasileiro e a indústria Hiperroll, que vai destinar sacolas e sacos de lixo. Além delas, o Senac promove doações pontuais, através de campanhas de arrecadações durante as matrículas dos seus cursos.

Seminário sobre o banco de alimentos

Esta semana, o Conselho Municipal de Segurança Alimentar (Comsea) promoveu um seminário de apresentação do banco de alimentos em Juiz de Fora. Trata-se de uma novidade, pois quando a iniciativa do Sesc teve início, em fevereiro, o conselho não tinha qualquer informação sobre o programa. Das 80 vagas abertas, 65 foram preenchidas, segundo o presidente do Comsea, Antônio Hugo Bento. “É um excelente trabalho e uma ótima parceria, pois contribui para combater a fome. O Mesa Brasil exige que as entidades cadastradas sejam credenciadas a algum conselho do município, e nós estamos dando esta oportunidade, mediante a apresentação dos documentos necessários, como a ata de posse e o estatuto registrado”, explicou Hugo, que pretende estreitar os laços para outras parcerias e iniciativas, entre elas oficinas de formação e palestras sobre segurança alimentar.

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Conforme Débora, se aproximar destas organizações é importante para o crescimento do programa. O credenciamento das entidades e as orientações dadas pelo Comsea, por exemplo, reduzem os trâmites burocráticos do Sesc. “E também fortalece as ações educativas, que é um dos nossos propósitos. Vamos promover cursos e oficinas voltados à segurança alimentar, como de manipuladores de alimentos. A aproximação do Comsea, formada por representantes da Universidade e da Prefeitura, é de muita importância”, pontuou Débora.

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