Pietra Daniele de Jesus Reis teria morrido em virtude de um traumatismo craniano após sofrer uma queda quando estava na companhia da madrasta. As mulheres serão encaminhadas para a Penitenciária Ariosvaldo de Campos Pires e vão responder por homicídio qualificado.
À princípio, o caso não foi tratado como homicídio. Contudo, conforme o delegado Rafael Gomes de Oliveira, a prisão foi solicitada após o laudo da necropsia apontar que a vítima morreu em decorrência de traumatismo craniano provocado por objeto contundente, que pode ser um pedaço de pau ou a própria mão, por exemplo. Uma simples queda não causaria as lesões, segundo o delegado. A mãe da menina foi presa como co-autora, já que as agressões teriam ocorrido em sua ausência. Porém, ela foi considerada negligente ao não prestar socorro à filha, que já apresentava lesões e febre.
Ainda segundo o delegado, as mulheres estavam morando no Vila Montanhesa por terem sofrido represálias no Parque das Águas, em virtude da morte da criança. Ele também informou que a mãe havia perdido a guarda de um menina de 8 meses, filho do mesmo pai da Pietra. O bebê chegou a parar no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), supostamente por complicações devido a conjuntivite. Contudo há a suspeita de que também tenha ocorrido negligência. Conforme a polícia, o bebê ainda está internado na pediatria infantil do Hospital Dr. João Penido. Já um terceiro filho da suspeita, de 8 anos, está sob os cuidados da avó.
Na época da morte de Pietra, a Polícia Militar foi acionada pelo Samu e, ao chegar ao local, a menina já estava sem vida. A morte foi constatada pelo médico do Samu. A companheira da mãe da vítima informou aos policiais que a menina teria caído de uma cama três dias antes, porém, não teria tido nenhuma complicação. Segundo ela, apenas quatro dias depois a menina teve vômitos e febre. Ela teria buscado socorro, porém, a criança não resistiu.