Site icon Tribuna de Minas

Moradores de Sarandira sofrem com abastecimento de água comprometido

PUBLICIDADE

Antes mesmo da crise hídrica que limitou o fornecimento de água em diversas regiões de Juiz de Fora na última semana, devido ao rompimento de uma adutora localizada na Mata do Krambeck, moradores do distrito de Sarandira, na Zona Rural do município, sofrem há quase três semanas com problemas no abastecimento de água no local. De acordo com o relato de diversos moradores da região à Tribuna, o problema vem acontecendo desde meados de fevereiro, quando a Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) iniciou uma manutenção na estação de tratamento responsável pelo abastecimento do local. Desde então, de acordo com o morador Leonardo Matias, a região está sendo atendida por meio de caminhões pipa, que deveriam realizar o abastecimento de um reservatório ao menos três vezes por dia.

“Na época da manutenção, eles alegaram que um dos filtros da estação de tratamento estaria contaminado devido às fortes chuvas deste período. O grande problema é que, mesmo com os caminhões pipa abastecendo o reservatório, a maioria das residências aqui em Sarandira fica localizada em regiões mais altas. Devido à falta de pressão, vários moradores estão sem receber uma gota de água nas caixas há muito tempo. Na minha casa, por exemplo, só recebi água duas vezes nessas três semanas em que o problema está acontecendo”, relata. Já o morador Sérgio Kelmer indica que o problema é agravado nos dias em que os caminhões pipa não realizam o transporte de água para o distrito. “Já tivemos dias que nenhum caminhão veio aqui. Isso aconteceu mais na semana passada com o rompimento da adutora, mas hoje mesmo, na segunda-feira (6), só recebemos um caminhão”, afirma.

PUBLICIDADE

Um relato comum dos moradores ouvidos pela Tribuna é que todos tentaram realizar contato com a Cesama. Entretanto, na maioria das vezes, os consumidores não teriam sido atendidos. “Nós ligamos para o 115 e nunca conseguimos ser atendidos. Mesmo sem receber uma gota d’água em minha casa há três semanas, o hidrômetro continua girando com o ar que passa na tubulação”, relata a moradora Lucilaine da Silva. A esperança de receber um pouco de água, entretanto, é o impeditivo para que os moradores fechem o registro do equipamento. “Na esperança de a água cair aqui em casa, não fechamos o registro do hidrômetro, pois esperamos que o ar saia e a caixa seja preenchida com a água. Entretanto, não é o que acontece. O problema todo é que, de acordo com a Cesama, o abastecimento não pode ser feito diretamente nas caixas d’água das residências”, ressalta Matias.

Em resposta a questionamentos feitos pela Tribuna, a Cesama afirmou que está realizando reparos emergenciais no sistema de tratamento de Sarandira, e que a previsão é de que o novo sistema que está sendo instalado no local entre em fase de testes ainda neste mês. Enquanto os trabalhos forem realizados, entretanto, o distrito continuará sendo abastecimento com caminhões pipa, de acordo com a empresa. Sobre a ausência de abastecimentos em alguns dias, a companhia municipal alegou que “na última semana, a frequência e quantidade de viagens do caminhão pipa tiveram uma queda, em virtude de remanejamento dos caminhões para outros pontos prioritários (como hospitais, escolas, e áreas mais afetadas) devido aos reparos na segunda adutora. Porém, desde a última sexta-feira (3), a companhia voltou a abastecer Sarandira com o volume estimado para a população local, enquanto não há solução definitiva”, afirmou.

PUBLICIDADE
Exit mobile version