Oitocentas pessoas, entre crianças, idosos, população em situação de rua e com deficiências, tiveram ontem um momento de entretenimento e brincadeiras no mundo mágico do circo. A ação faz parte do Bem Comum JF, projeto criado em 2013 pela Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Juiz de Fora, com o intuito de levar cidadãos que fazem parte de instituições socioassistenciais para participar de eventos e projetos culturais organizados por iniciativas privadas e ONGs.
Crianças do Instituto Bruno, Instituto Padre João Emílio, bem como dos projetos Curumim São Benedito estavam na plateia empolgadas com o espetáculo. Além disso, integrantes do Pró-Idoso e pessoas que hoje vivem pelas ruas e frequentam o Centro Pop presenciaram o espetáculo do Maximus, que ocorreu no estacionamento do Shopping Jardim Norte na tarde de ontem. O circo ficou fechado somente para as instituições. Dessa forma, o “respeitável público” foi formado por pessoas que sorriam com facilidade pelos prazeres simples da vida. Alguns jamais imaginariam poder entrar em um circo, as palmas e gargalhadas eram altas e faziam vibrar a tenda vermelha e branca. O palhaço foi o momento que mais agradou a plateia.
A aposentada Maria do Carmo Campos participa do Pró-Idoso e conta que devido à rotina de mãe, dona de casa e trabalhadora não teve tempo de dedicar sua vida a momentos de lazer. Agora, fazendo parte da instituição, ela tem tido a chance de ir ao cinema, aprender música, fazer ginástica e frequentar eventos como o circo. Ela e outras amigas estavam juntas assistindo o evento.
Já Ademilson Barros, que hoje vive em situação de rua e frequenta o Centro Pop, conta que, se tivesse tido a oportunidade, gostaria de ser um palhaço e que ficou muito emocionado em poder ter uma tarde diferente de sua rotina. “Se fosse para fazer parte de um circo, gostaria de ser o palhaço para trazer muita alegria a todo mundo que veio hoje assistir”, conta.
Maria Eduarda Mendes Esteves e Vitória Adriele são meninas que fazem parte do instituto Curumim São Benedito. Desde bem novas, elas têm contato com o circo em oficinas organizadas pelo projeto e estavam vibrando na plateia a cada nova atração. Apesar de ter amado o palhaço, Maria Eduarda fala que gostaria de aprender passos de bailarina. Ao ser questionada sobre o que aprendeu nas oficinas, ela deu o seguinte relato: “Aprendi que o circo é a melhor coisa do mundo para fazer”.
O secretário de Comunicação Social, Michael Guedes, que estava na plateia acompanhando o evento, conta que, desde a criação do Bem Comum, há três anos, mais de 200 campanhas como essa já foram realizadas. Para ele, “esse é um desafio da comunicação pública, que não tem o papel só de informar o cidadão, mas também de promover um ambiente adequado de engajamento para promover o desenvolvimento da cidade”.