Dois homens, de 23 e 31 anos, foram condenados a reclusão, nesta sexta-feira (5) , pela morte da atendente de telemarketing Andressa Aparecida Minervino Hauck, 26. A jovem foi assassinada a tiros na noite do dia 30 de julho de 2013. Ela havia acabado de desembarcar de um ônibus e seguia a pé para casa, em Paula Lima, na Zona Rural da cidade, quando foi surpreendida por um homem de bicicleta, que disparou seis vezes em sua direção. O julgamento, presidido pelo magistrado Paulo Tristão, ocorreu durante toda a manhã no Tribunal do Júri. O mandante do crime Giovani Silva dos Reis, 31, foi condenado a 13 anos e seis meses de reclusão em regime fechado. Já o mais jovem, Leandro Junior de Souza, acusado de ter executado o crime, foi condenado a 14 anos e seis meses de reclusão, também em regime fechado.
Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), o homicídio foi considerado qualificado por motivos torpe, fútil e sem chance de defesa da vítima. A primeira qualificação decorre de que Giovani pagou a Leandro certa quantia para matar Andressa. Para o MP, o crime ocorreu também por motivo fútil, porque o mandante “não aceitava a recusa da vítima em continuar mantendo um relacionamento amoroso com ele, já que era casada”. Por fim, foi utilizado recurso que dificultou a defesa da vítima, “visto que os disparos se deram quando ela descia do ônibus, não podendo esperar por ataque daquela brutalidade, não havendo meios para se defender”. O crime chocou moradores da localidade de Paula Lima, considerada pacata, e revoltou parentes e amigos da mulher, que não teve chance de se defender.
Segundo o marido de Andressa na época, Leonardo Hauck, 39, familiares preferiram não comparecer ao julgamento. “Ninguém gosta de ficar lembrando o que aconteceu, é muito difícil reviver essa história.” O casal ficou junto por seis anos e não teve filhos.