O Dia Internacional de Luta Contra o Uso do Agrotóxico foi marcado, na tarde desta quarta-feira (3), em Juiz de Fora, com um ato público no Parque Halfeld. Por organização do Coletivo Mogico, panfletos educativos foram distribuídos à população, que pôde participar, ainda, de uma aula pública que prestou esclarecimentos sobre o assunto. Logo em seguida, foi exibido o documentário “O veneno está na mesa 2”, no prédio da Funalfa. As manifestações fazem parte da campanha permanente contra os agrotóxicos, uma articulação de entidades e movimentos brasileiros iniciada em 2011. O objetivo é sensibilizar a população brasileira para os riscos que esses componentes representam para a saúde pública e anunciar um novo modelo de produção de alimentos baseado na agroecologia.
De acordo com a professora do grupo de Educação Ambiental da UFJF, Rachel Zacarias, é necessário chamar a atenção das pessoas para os malefícios do uso dos transgênicos. “Chamamos nossa agricultura de ‘dependente química’, já que ela necessita excessivamente de componentes químicos para se manter. O veneno está em nossas mesas todos os dias e é causador de várias doenças. O que queremos é uma produção agroecológica que respeite a terra, o meio ambiente e a saúde das pessoas.”
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de transgênicos utilizada por área plantada no país dobrou entre 1992 e 2010, passando de 70kg para 150kg por hectare. Atualmente, o Brasil está entre os países que mais utilizam agrotóxicos no mundo. Ao longo da semana, outras atividades para relembrar a data estão programadas na cidade. No sábado, acontece o Dia Agroecológico na UFJF.