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Homem é preso por desrespeito a medida protetiva

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Um atendente de restaurante, de 42 anos, foi preso pela Polícia Civil por agredir e ameaçar de morte sua ex-companheira, além de desrespeitar a medida protetiva que o obrigava a ficar longe dela. O casal teve um relacionamento de cinco anos, e ele não aceitou a separação. Ao longo de um ano, a mulher, 36, moradora do Bairro Figueiras, registrou 11 boletins de ocorrência contra o ex. A Polícia Civil chegou a instaurar cinco inquéritos contra o agressor, todos por motivos de violência contra a vítima, inclusive um referente a um estupro.

Ele ainda possui antecedente criminal por agressão contra a própria mãe. O homem foi preso nesta quinta-feira (03), em sua casa, no Bairro Santa Rita, na Zona Leste, e conduzido para o Ceresp. Ele será indiciado pelos crimes de agressão e enquadrado na Lei Maria da Penha. Caso seja condenado, sua pena pode chegar a até quatro anos de prisão.

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De acordo com a titular da Delegacia de Mulheres, Ione Barbosa, a prisão do atendente foi possível em razão de cumprimento de mandando de prisão preventiva expedido pela Justiça e pela Defensoria Pública. Conforme Ione, a Polícia Civil já havia tentado a prisão em flagrante do agressor. “Por duas vezes, policiais civis pegaram ônibus com ela e foram até a casa dela. Porém, ele desconfiou, e a polícia não conseguiu fazer o flagrante, que seria configurado se ele chegasse perto dela e descumprisse a medida protetiva, podendo assim ser realizada a prisão”, afirmou a delegada.

As investigações foram favorecidas, conforme a Polícia Civil, por imagens disponibilizadas pela TV Alterosa, que realizou uma reportagem sobre o caso, e pelas imagens do programa Olha Vivo, que flagraram o homem numa tentativa de abordagem à vítima no Centro. “Esse vídeo colaborou para que houvesse a prisão preventiva, porque mostra ele agredindo ela, perto de uma loja de cosméticos. Na abordagem, ele chega e puxa o braço dela.

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Ela precisou fugir para dentro da loja e ficou lá por um bom tempo, mas o agressor ficou aguardando do lado de fora. Só quando o segurança do estabelecimento disse que ele tinha ido embora, que ela pôde sair”, informou Ione. A investigação ainda contou com o relato de diversas testemunhas e provas que a própria vítima ofereceu ao inquérito. “Testemunhas relataram que ele ligava diversas vezes para ela, inclusive ameaçando não apenas a vítima de morte, mas as pessoas que trabalhavam com ela.”

A delegada afirmou que todos os inquéritos serão enviados ao Ministério Público e à Justiça. A prisão preventiva do atendente, segundo a delegada, é por tempo indeterminado e enquanto a Justiça achar necessária. “Esse caso tem um caráter pedagógico muito grande, porque muitos agressores acham que descumprimento de medida protetiva não dá prisão, mas é motivo de prisão sim, inclusive previsto na Lei Maria da Penha e no Código de Processo Penal”, enfatizou. A delegada ainda explicou que a violência dele contra a vítima era em razão do rompimento da relação, porque ele não aceitava a separação, o que teria deixado evidente nas declarações que fez à polícia, nas quais afirmou também que queria a volta do relacionamento.

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“Vivemos em uma sociedade extremamente machista, na qual o homem não aceita que o rompimento por parte da mulher”, considerou Ione. A policial ainda destacou a importâncias das denúncias. “Muitas mulheres não denunciam por medo e por não acreditarem que a medida protetiva será concedida e cumprida. Nossa orientação é a mulher procurar a delegacia e fazer o registro, sempre denunciando para que esses casos tenham outro desfecho. Quando isso acontece no início das agressões, a mulher tem a medida concedida e isso a ajuda a acabar com essa situação abusiva.”

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