Os casos de febre Chikungunya têm aumentado em Minas Gerais. Em menos de uma semana, de 23 a 29 de março, 1.044 novos casos prováveis da doença foram registrados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), que já contabilizou 4.852 possíveis infecções somente neste ano. Em Juiz de Fora, de acordo com a SES, três casos suspeitos da febre estão em investigação. Para a Secretaria de Saúde, no entanto, há dois casos confirmados da doença. Apesar de o surto se concentrar em cidades localizadas na região Nordeste do estado e de os números de Juiz de Fora serem considerados baixos, os juiz-foranos devem se preocupar, visto que o vírus está em circulação na cidade.
“Temos dois casos confirmados, sendo um de uma pessoa que ficou doente em Juiz de Fora e outro de uma pessoa que veio de Governador Valadares infectada pelo vírus. Por isso, as pessoas devem tomar as medidas necessárias para evitar a proliferação do Aedes aegypti, vetor da doença, pois, ao contrário da febre amarela, não existe vacina contra a Chikungunya”, explica a chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Michelle Freitas.
No ano passado, 11 casos de Chikungunya foram registrados pela secretaria. Destes, sete pessoas contraíram Chikungunya em Juiz de Fora e outras quatro contraíram a doença em outros locais e foram tratadas no município. Segundo Michelle, não há motivo para se alarmar com o alto número de casos em outras regiões do estado. Mas o último Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (Liraa), que foi de 4,8%, representando risco de surto de dengue, pode mostrar que a população banalizou o combate ao vetor.
“Estamos bem tranquilos com relação aos dados do ano passado, assim como em relação à dengue. Mas é preciso prevenir. As medidas indicadas para evitar a Chikungunya são as mesmas adotadas contra a dengue. Se as pessoas se dedicarem a olhar suas residências, pelo menos, uma vez por semana, evitando a proliferação do Aedes, estarão mais protegidas.”
Sintomas da Chikungunya
Os principais sintomas da Chikungunya são febre alta de início rápido, dores de cabeça e nas articulações. A doença também pode ser acompanhada por manchas vermelhas na pele. Assim como a dengue, o diagnóstico da febre é feito por meio de um exame, solicitado pelo médico quando há suspeita da doença. A principal preocupação, no entanto, é com a possibilidade de as dores nas articulações tornarem-se crônicas. “As pessoas devem ficar atentas aos sintomas e procurar as unidades básica de saúde, principalmente em casos de dores nas articulações. Muitas vezes, as pessoas nem pensam que pode ser Chikungunya, pois ela é bem parecida com a dengue, mas há um problema maior se a doença tornar-se crônica. Por isso, há uma grande preocupação da saúde pública com relação a um surto.”