A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou nesta terça (3) um balanço de todas as atividades realizadas em 2016 pela delegacia de Juiz de Fora. Entre os números divulgados pela corporação, chamam a atenção a diminuição do número de mortos, feridos e acidentes. Em contrapartida, aconteceu um aumento significante de pessoas flagradas dirigindo sob o efeito de álcool e também daquelas que deixaram de usar cinto de segurança e cadeirinha para o transporte de crianças.
A PRF informou que foram 63 mortes em 2016. No mesmo período de 2015, 95 morreram no trecho sob responsabilidade da delegacia de Juiz de Fora. A redução foi de 34%. Houve ainda queda de 16% no número de acidentes e feridos. Em 2016 foram 1.120 acidentes, que deixaram 1.166 feridos. No ano anterior, 1.393 pessoas se feriram em 1.333 acidentes.
A corporação atribui as quedas ao incremento das fiscalizações, às boas condições da sinalização e manutenção das rodovias e à postura dos motoristas e passageiros. A PRF destacou ainda que um dos pilares de suas ações foi a educação no trânsito, com a realização de palestras e abordagens educativas. Foram 18.709 pessoas sensibilizadas, segundo projeção da polícia.
Dentre os equipamentos de uso obrigatório, a PRF divulgou em seu balanço as fiscalizações referentes ao uso do cinto de segurança e da cadeirinha, “pelo fato de serem comprovadamente eficientes na diminuição das lesões e até mesmo risco de morte no caso de um acidente de trânsito”.
No caso da falta de uso dos cintos, o crescimento dos flagrantes foi de 268%, subindo de 564 para 2.077. Já no caso das crianças que os policiais encontraram viajando sem cadeirinhas, houve aumento de 83%. Foram 24 casos em 2015 e 44 em 2015. “O aumento nos flagrantes é muito preocupante por ser uma norma antiga, de conhecimento de todos”, informou a nota da PRF.
Conforme o balanço, houve 117 motoristas flagrados dirigindo alcoolizados em 2016, contra 114 no ano anterior, um aumento de 11%. O número de testes realizados, todavia, também foi maior: passou de 8.497 para 10.170. A PRF considerou a estatística “muito preocupante, não só pelo perigo inerente da combinação álcool/direção, mas também pela publicidade dada pela PRF sobre do uso dos etilômetros”.
Mais de 65 mil veículos fiscalizados
Os agentes da PRF fiscalizaram ao longo do ano mais de 65 mil veículos, e quase 49 mil ocupantes também foram abordados. As ações culminaram com 192 prisões por diversos motivos, no recolhimento de 154 carteiras de habilitação e na apreensão de 633 veículos. Em todos estes casos houve aumento das estatísticas. O mais expressivo foi em relação ao recolhimento de carros, que subiu de 161 em 2015 para 622 em 2016. “Estes números são reflexos das mais diversas infrações, e podemos destacar: alcoolemia, falta de licenciamento, CNH vencida, suspensa ou cassada, equipamento obrigatório ineficiente e excesso de peso.”
Radares móveis atuaram mais
Os agentes atuaram com os radares móveis por 480 horas em todo o trecho sob responsabilidade da delegacia de Juiz de Fora, 280% a mais que as 128 horas trabalhadas em 2015. Ainda assim, houve redução de condutores que foram flagrados em velocidade acima do permitido: 20.498 motoristas em todo o ano de 2016, contra 36.164 em 2015, uma redução de 18%. Segundo a PRF, ainda assim, o número é alto.
Foram expedidas ainda 189 multas por excesso de peso, um aumento de 186%. “O veículo que trafega com excesso de peso não só aumenta o risco de acidentes, como também causa sérios danos ao piso asfáltico, que reflete maior dispêndio de recursos financeiros para a correção da pista de rolamento”, informou a PRF.