Diante de tantas fake news em circulação, teve uma que surpreendeu por estar adiantada. Desde o começo da semana, muita gente compartilhou pelas redes sociais uma mensagem dizendo que as cartinhas referentes ao projeto Papai Noel dos Correios já estavam disponíveis para serem apadrinhadas. Na verdade, a campanha deste ano, que está completando 29 anos de existência, começa na próxima quarta-feira (7), com a abertura da casinha, anexa à unidade central dos Correios, na Rua Marechal Deodoro.
A abertura oficial será na sexta-feira (9), às 10h, com a chegada do Papai Noel e a participação da banda da Polícia Militar e de crianças matriculadas em creches da cidade.
A campanha deste ano segue até o dia 8 de dezembro e, neste período, a casinha vai funcionar de segunda a sexta, das 9h às 17h. A partir do dia 17 de novembro, a unidade passa a abrir aos sábados, das 9h ao meio-dia. Segundo a coordenadora do projeto em Juiz de Fora e da Zona da Mata, Maria do Carmo Lopes Maciel, a expectativa é reunir e apadrinhar cerca de 12 mil cartinhas, escritas por crianças matriculadas em creches e escolas públicas de Juiz de Fora e da região, além de instituições filantrópicas voltadas para a assistência infantil. Em 2017, o montante de cartas bateu este número, e a boa noticia é que todas foram apadrinhadas.
Cerca de dez pessoas trabalham no registro dos pedidos no sistema dos Correios, uma metodologia aplicada para ter controle das cartinhas e dos presentes. Neste ano, conforme Maria do Carmo, já teve uma mensagem que tocou a todos. “Recebemos uma carta de um menino, se chama Lucas, 12 anos. Ele disse que não queria ganhar nada, mas pediu que toda criança que não tenha família receba amor, carinho, alegria e atenção. Isso tocou bastante a gente”, revelou. Entre os pedidos mais comuns feitos pelas crianças estão os brinquedos, como bonecas, carrinhos, robôs, material escolar e roupas. “Outro pedido que nos emocionou foi de um menino que pede um brinquedo pedagógico para o irmão, que tem problemas de coordenação motora”, pontua Maria do Carmo.
Há sete anos à frente da campanha, Maria do Carmo conta que trabalhar no projeto é gratificante. “Dá muito trabalho mas, no final, quando dá tudo certo, fico muito feliz. O envolvimento, sobretudo o emocional, é muito grande. Ficamos à flor da pele. Poder presentear essas crianças é muito importante, tendo em vista que, se não fosse a campanha, elas não receberiam esse presente de ninguém”. O trabalho só está começando e envolve muito mais gente, principalmente para a entrega dos presentes. A coordenadora da campanha pede para que os presentes sejam deixados na casinha até o dia 10 de dezembro. A expectativa da organizadora é entregar os pedidos às crianças até o dia 20 de dezembro, quando termina o período letivo.