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PJF e Estado dizem seguir orientação do Ministério da Saúde para vacinação

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A ampliação da vacinação contra a Covid-19 a todos os trabalhadores de saúde em Juiz de Fora tem gerado questionamentos acerca dos critérios de prioridade para a imunização contra a doença. A principal indagação é em relação à ampliação da vacinação a trabalhadores que não atuam na linha de frente, em detrimento da imunização de pessoas idosas e de outros profissionais que trabalham diretamente com atendimento ao público em outras unidades de saúde, como clínicas. Na última quinta-feira (28), após a confirmação de que a cidade receberia mais vacinas, a Prefeitura de Juiz de Fora ampliou a aplicação de doses para todos os trabalhadores da saúde, incluindo os “profissionais de apoio” – aqueles que atuam na segurança, na limpeza e na área administrativa dos hospitais. Até então, estavam sendo vacinados apenas trabalhadores da linha de frente do combate ao coronavírus.

A Tribuna questionou a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e o Estado a respeito das dúvidas da população. Em nota, a PJF afirmou que a ampliação a todos os trabalhadores da saúde só foi possível “devido ao recebimento de novas doses de vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde”, responsável pelo Plano Nacional de Imunização. Ainda conforme a Prefeitura, a ampliação de público segue o que foi estabelecido pelo programa federal em relação aos grupos prioritários. De acordo com o Ministério da Saúde, a seleção das populações com prioridade na imunização foi baseada em princípios da Organização Mundial da Saúde (OMS) e feita em acordo com entidades como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

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Ainda conforme o órgão federal, a opção por priorizar a vacinação de determinados grupos visa a garantir, nessa ordem, o funcionamento dos serviços de saúde, a proteção dos cidadãos com maior risco para coronavírus, além da preservação do funcionamento dos serviços essenciais. Dessa forma, neste primeiro momento, o público-alvo a ser imunizado no Brasil é composto por: pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas; pessoas acima de 18 anos com deficiência institucionalizadas; povos indígenas vivendo em terras indígenas e trabalhadores de saúde.

Também em nota encaminhada à Tribuna, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) esclareceu que “segue as orientações do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. Para esta primeira fase da campanha de imunização contra o coronavírus, o PNI orientou a vacinação dos profissionais de saúde na linha de frente da Covid-19; pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas; pessoas institucionalizadas, maiores de 18 anos, portadores de deficiência e população indígena aldeada.”

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Definição do Ministério da Saúde

Segundo o Ministério da Saúde, trabalhadores dos serviços de saúde são todos aqueles que atuam em espaços e estabelecimentos de assistência e vigilância à saúde, sejam eles hospitais, clínicas, ambulatórios, laboratórios e outros locais. Compreende tanto os profissionais da saúde (médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, odontólogos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, profissionais da educação física, médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares), quanto os trabalhadores de apoio (recepcionistas, seguranças, trabalhadores da limpeza, cozinheiros e auxiliares, motoristas de ambulâncias e outros), ou seja, todos aqueles que trabalham nos serviços de saúde. Inclui-se ainda aqueles profissionais que atuam em cuidados domiciliares (cuidadores de idosos, doulas/parteiras), bem como funcionários do sistema funerário que tenham contato com cadáveres potencialmente contaminados. A vacina também será ofertada para acadêmicos em saúde e estudantes da área técnica em saúde em estágio hospitalar, atenção básica, clínicas e laboratórios.

Próxima etapa deve contemplar idosos

Em entrevista à imprensa na última sexta-feira, a secretária municipal de Saúde, Ana Pimentel, pontuou que a ampliação dos grupos é gradativa, e deve ocorrer à medida em que o Município for recebendo novas doses de imunizantes. A respeito da ampliação da imunização a todos os trabalhadores da saúde, a secretária disse que “é fundamental priorizar esse grupo, pois esses profissionais atuam em locais com alta carga viral e estão mais expostos à Covid-19.”

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A secretária também afirmou, na última sexta-feira, que com a chegada de novas doses na última semana, o Município irá concluir primeira etapa da vacinação na cidade. Com isso, as novas remessas de vacinas a serem enviadas pelo Ministério da Saúde deverão contemplar a imunização de pessoas idosas na cidade. Conforme o Ministério da Saúde, após os trabalhadores da saúde, o próximo grupo receber doses contra o coronavírus é o de pessoas com mais de 80 anos, seguido pelo grupo composto por idosos com idade entre 75 a 79 anos.

Apesar da expectativa, ainda não foi confirmado pelo Governo federal o envio de nova remessa de doses de vacinas contra a Covid-19 a estados e municípios. O escalonamento de grupos prioritários pode ser acessado no site do Ministério da Saúde.

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