Na sexta-feira (20), Arruda participou de uma reunião com Lula e o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, e os comandantes da Marinha e da Aeronáutica.
O substituto no cargo, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, afirmou também na sexta-feira que o resultado das urnas deve ser respeitado. Ele fez a primeira manifestação pública desde os atos golpistas de 8 de janeiro, quando radicais invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.
“Vamos continuar garantindo a nossa democracia, porque a democracia pressupõe liberdade, garantias individuais, políticas públicas e também é o regime do povo. É alternância de poder, é o voto. E quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Não interessa, tem que respeitar. É isso que vale, essa é a convicção que a gente tem que ter, mesmo que a gente não goste. Nem sempre é quem a gente queria, mas não interessa”, declarou o general.
Em discurso, Paiva defende a democracia e o papel do militar para além da opinião política: “A política é apartidária, então não importa quem está no comando, nós vamos cumprir a missão do mesmo jeito.”Após golpistas conseguirem deixar um acampamento instalado no QG do Exército e invadirem os palácios dos Três Poderes, Lula expôs, na semana passada, a sua desconfiança em relação às Forças Armadas.
Contudo, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que a reunião de Lula com os comandantes das Forças Armadas resultou em uma melhora na relação entre as partes. De acordo com Múcio, Lula passou uma mensagem de entusiasmo e quis “renovar a fé” no trabalho dos militares.