O presidente Michel Temer, que tinha uma agenda extensa de reunião com parlamentares para aparentar “normalidade”, nesta quinta-feira (18), desistiu dos compromissos e se reuniu com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-geral da Presidência). Segundo fontes do Planalto, o grupo e outros auxiliares do presidente discutiram os desdobramentos da delação de Joesley Batista e avaliaram a possibilidade de um pronunciamento de Temer.
Na quarta, assim que a informação de que Joesley Batista, da JBS, teria gravado o presidente dando aval para a compra do silêncio de Eduardo Cunha, Temer reuniu aliados e decidiu soltar uma nota negando as acusações. O clima no Planalto na manhã desta quinta-feira segue tenso, e auxiliares do presidente admitem que o “momento é delicado”. Nos corredores, alguns resistem em admitir a possibilidade de renúncia, mas admitem que a possibilidade está no radar. Interlocutores também admitem que o impacto das acusações causarão rachas na base aliada e comprometerão as reformas do governo.