Um caso de estupro de vulnerável praticado por um profissional de enfermagem, de 34 anos, está sendo investigado em São Paulo. A pessoa foi presa em flagrante em 17 de dezembro do ano passado, informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).
O caso ocorreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dona Maria Antonieta, no Grajaú, zona sul de São Paulo. A vítima é um paciente de 22 anos. De acordo com o órgão, os detalhes do crime serão preservados por se tratar de um caso de “cunho sexual”.
A unidade de saúde municipal é administrada pela Organização Social de Saúde (OSS) Associação Saúde da Família (ASF). A Secretaria de Saúde do município disse, em nota, que “repudia e lamenta a ocorrência”. A associação, no dia seguinte ao fato, instaurou uma sindicância, e o profissional teve o contrato de trabalho suspenso.
A secretaria determinou que a OSS colabore amplamente com a investigação. A pasta informou ainda que aguarda a conclusão da investigação policial para formalizar denúncia no Conselho Regional de Enfermagem (Coren).
O conselho, por sua vez, já abriu sindicância para investigar a denúncia. A apuração será feita sob sigilo processual e, após averiguação, poderá ser instaurado um processo ético-profissional.
O Coren informou também que os profissionais envolvidos serão notificados para apresentarem sua defesa. Se for confirmada a infração, eles podem ser penalizados com advertência, multa, censura, suspensão temporária do exercício profissional ou cassação do exercício profissional.
Anestesista gravava estupros com o celular no Rio
O caso do enfermeiro suspeito de estupro foi divulgado um dia depois da prisão do médico anestesista Andres Carrillo, no Rio de Janeiro. Ele foi preso por abuso sexual contra duas mulheres – a partir de provas que o profissional produziu contra si mesmo.
Conforme a investigação, imagens de estupros cometidos por ele – e gravados em seu telefone celular – foram localizadas pela Polícia Federal. O material estava em meio a 20 mil arquivos de pornografia infantil de Carrillo. A partir da descoberta, a Polícia Civil fluminense foi acionada.
Com base nos metadados das mídias – informações que incluem data da gravação e local, por exemplo -, os policiais identificaram as unidades hospitalares onde ocorreram os dois estupros. Depois, cruzaram informações para chegar às vítimas.
De acordo com a Polícia Civil, um dos casos aconteceu no Hospital Estadual dos Lagos – Nossa Senhora de Nazareth, em Saquarema. O outro no Complexo Hospitalar Universitário Clementino Fraga Filho. A unidade pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os crimes foram praticados em 2020 e 2021.
Até a publicação deste texto, o Estadão não havia localizado a defesa do médico.