A Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) confirmou três novas mortes por coronavírus (Covid-19) em Minas Gerais no boletim desta quarta-feira (8). As novas vítimas foram registradas em Paraisópolis, Belo Horizonte e Varginha, de modo que o óbito confirmado pela Prefeitura de Juiz de Fora na manhã desta quarta ficou de fora da atualização. De acordo com o informe, outras 97 mortes estão em investigação.
Duas das vítimas fatais tiveram comorbidades confirmadas: uma idosa de 88 anos, que residia em Paraisópolis, e um homem de 59 anos, de Varginha, a segunda vítima com idade abaixo dos 60 anos em Minas. O paciente de 92 anos que teve o óbito constatado em Belo Horizonte ainda tem o histórico hospitalar sob análise. Ao contrário das divulgações anteriores, no informativo desta quarta-feira a SES não informou demais detalhamentos dos casos, como as datas de internação e morte, bem como as doenças prévias.
Segundo o informativo, outros 97 óbitos estão em investigação para a Covid-19, 115 foram descartados e, no total, 14 foram confirmados para a doença até o momento.
Outros casos confirmados em Juiz de Fora
O total de casos confirmados em Minas Gerais chegou a 614, uma alta de 55 confirmações em relação ao informativo anterior. No boletim, Juiz de Fora aparece com 46 casos confirmados, três a menos que o número divulgado pela Prefeitura Municipal na terça-feira (7), e é a segunda cidade com mais casos no estado, atrás apenas de Belo Horizonte, que já tem 293 confirmações.
Na Zona da Mata, outros oito municípios também registraram casos do novo coronavírus: Barbacena (1), Carangola (1), Divinésia (1), Manhuaçu (1), Muriaé (4), São João Nepomuceno (1), São João del-Rei (3) e Ubá (1). Os municípios de Carangola e São João Nepomuceno não tinham casos confirmados até o boletim mais recente.
O número de pacientes em investigação para o novo coronavírus alcançou 51.640, um crescimento de quase dois mil casos em comparação ao dia anterior, quando havia 49.652 suspeitas no estado.
Divergências de casos em relação aos municípios
Questionada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Saúde esclareceu como funciona o fluxo de informações até que o caso seja notificado. De acordo com a pasta, o caso suspeito é identificado no município de acordo com dados clínicos e epidemiológicos, e em seguida o profissional de saúde contacta o CIEVS-Minas ou a Unidade Regional de Saúde para definir o caso como suspeito. Após a definição, um formulário é preenchido com os dados do paciente para que ele possa ir para o banco de dados do Estado.
Esse banco de dados é revisado e analisado diariamente com as reclassificações de cada caso, conforme informações do município e o cruzamento dos exames laboratoriais. Após esse trabalho, os dados são tratados para serem inseridos no boletim epidemiológico diário. Em função de todo esse trâmite, há as corriqueiras divergências entre informações dos municípios e do estado, conforme explicação da SES.