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Sobe para seis o número de mortes suspeitas por contaminação de cerveja

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A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) divulgou, nesta segunda-feira (3), que chegou a seis o número de mortes por intoxicação pela substância dietilenoglicol, ligada ao consumo de cerveja da marca Backer. Os óbitos ocorreram no último sábado (1º de fevereiro) e nesta segunda-feira (3), e vitimaram dois homens que estavam internados em Belo Horizonte. Pela manhã, a Polícia Civil de Minas Gerais já tinha divulgado que a quinta morte em decorrência de intoxicação havia ocorrido na madrugada desta segunda. Trata-se do advogado e juiz titular da 28ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, João Roberto Borges, 74 anos, que estava internado desde o dia 12 do mês passado no Hospital Madre Teresa, no Bairro Gutierrez, Região Oeste de Belo Horizonte. A SES, no entanto, não divulgou a identidade do homem morto no sábado.

O primeiro óbito em decorrência da contaminação aconteceu em Juiz de Fora, no dia 7 de janeiro, quando o bancário aposentado de Ubá, Paschoal Demartini Filho, 55, faleceu na Santa Casa de Misericórdia. No caso dele, já foi confirmada a presença de dietilenoglicol no sangue. Análises laboratoriais ainda são feitas nas outras três vítimas que não resistiram: dois homens, que morreram nos dias 15 e 16 em BH, e uma mulher, falecida no município de Pompéu, no Centro-Oeste de Minas, em 28 de dezembro.

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Segundo a Polícia Civil, o corpo de João Roberto Borges foi necropsiado no Instituto Médico Legal (IML). Ainda não há previsão para conclusão dos laudos. “O homem de 74 anos, que estava internado no Hospital Madre Teresa, era um dos 29 pacientes que constam, até o momento no inquérito, como suspeitos de contaminação pelo dietilenoglicol”, informou a instituição. Já conforme o boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgado no fim da tarde desta segunda, foram notificados 30 casos suspeitos de intoxicação exógena por dietilenoglicol. “Desses, 26 pessoas são do sexo masculino e quatro do sexo feminino. Quatro casos foram confirmados e os 26 restantes continuam sob investigação, uma vez que apresentaram sinais de sintomas compatíveis com o quadro de intoxicação por dietilenoglicol e com relato de exposição.”

Cervejaria lamenta óbito

Em relação às mortes ocorridas, a Backer disse compartilhar da dor dos familiares das vítimas e prestar o suporte necessário a todos os atingidos, “ainda que inconclusas as investigações”. “A cervejaria tem acolhido essas pessoas e prestado atendimento psicossocial. Inclusive, na semana passada, por iniciativa própria, a empresa recorreu ao Ministério Público para ampliar ainda mais o suporte prestado às famílias dos atingidos. A Backer, como a maior interessada em saber o que de fato aconteceu, está tomando todas as providências para elucidar a questão e, embora não se tenha chegado a uma conclusão definitiva sobre o ocorrido, jamais deixou de colaborar com as investigações.”

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Dos 30 casos suspeitos notificados até o fim do mês, 22 são moradores de Belo Horizonte e os demais residentes nos municípios de Capelinha, Nova Lima, Pompéu, Ribeirão das Neves, São João del-Rei, São Lourenço, Ubá e Viçosa. Conforme a SES, em decorrência das últimas evidências obtidas, a recomendação vigente é de que, por precaução, nenhuma cerveja produzida pela Cervejaria Backer, independente de marca e lote, seja consumida.

 

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