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5 compositores para conhecer a música barroca

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O 30º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga está chegando ao fim, mas ainda há muito mais desse estilo para se conhecer. A música antiga engloba o período barroco (séculos XVII e primeira metade do século XVIII), a renascença (séculos XV e XVI) e o medieval (século V ao século XIV). Para quem se encantou com o festival ou quer saber mais sobre esse estilo, convidamos o professor de História e Apreciação Musicais da UFJF, Rodolfo Valverde, para indicar cinco compositores que marcaram suas épocas e servem de inspiração até hoje como referências do barroco tardio (primeira metade do século XVIII).

 

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Bach e Händel

Johann Sebastian Bach (esquerda) pintado em 1725. Artista desconhecido. E Georg Friedrich Händel (direita), por Balthasar Denner, em 1733 (Fotos: Reprodução)

Os alemães Johann Sebastian Bach (1685-1750) e Georg Friedrich Händel (1685-1759) sintetizam em sua música todos os elementos do barroco italiano e francês com as características do pensamento musical alemão, especialmente a riqueza do contraponto. De Bach, obras imprescindíveis são “A paixão segundo São Mateus“, a “Missa em Si menor” e “A arte da fuga“, esta interpretada pelo Quinta Essentia Quarteto durante o festival. De Händel, o oratório “O Messias“, a sua ópera “Giulio Cesare” e as suítes que compõem a “Música aquática” são alguns dos destaques do compositor.

Jean-Philippe Rameau

Retrato de Jean-Philippe Rameau, de Joseph Aved, pintado por volta de 1728 (Foto: Reprodução)

Encontramos a expressão maior do barroco francês em Jean-Philippe Rameau (1683-1764). A apreciação de suas óperas “Hippolyte et aricie“, “Les indes galantes” e de suas “Pièces de clavecin en concerts” são indispensáveis para a compreensão das características tão peculiares do estilo francês, marcado por ser mais contido e “elegante” que o italiano, que é mais virtuosístico e dramático, amplamente derivado da ópera. No estilo francês, as ornamentações são mais discretas e os ritmos são muito característicos, como ritmos pontuados ou baseados nas danças da corte.

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Antonio Vivaldi

Antonio Vivaldi, por Lambert Jeune, no século VXIII (Foto: Reprodução)

O grande nome do barroco tardio italiano é indiscutivelmente Antonio Vivaldi (1678-1741), e seus concertos são fundamentais para os desdobramentos posteriores, deste que é um dos principais gêneros da música ocidental. Dos seus mais de 500 concertos, o destaque absoluto é para os quatro concertos que compõem “As quatro estações” e que procuram descrever musicalmente as sensações e características das estações do ano.

Claudio Monteverdi

Claudio Monteverdi, por Bernardo Strozzi, pintado por volta de 1630 (Foto: Reprodução)

Voltando ao século anterior (XVII), o italiano Claudio Monteverdi (1567-1643) é o grande gênio artístico que faz a transição da música renascentista para o barroco, consolidando definitivamente a nova linguagem musical com a sua ópera “l’Orfeo“. Além de suas óperas, as obras do seu “Oitavo Livro de Madrigais” fazem uma síntese perfeita do estilo polifônico renascentista com o emergente estilo barroco.

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Por Rodolfo Valverde, professor de História e Apreciação Musicais da UFJF, que abriu os concertos noturnos do Festival, com palestras sobre cada programa.

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