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Quibe montado para uma refeição totalmente árabe

quibe montado
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A culinária pode ser um dos cartões-postais de um país. Às vezes nem precisa viajar até ele para sentir os sabores produzidos na terra. A comida árabe, por exemplo, é tão difundida no Brasil por causa das imigrações que acabou virando um hábito. A gente conhece, mesmo que em parte, qual é o paladar dos árabes. Quibes, esfihas, homus, arroz com lentilha são apenas alguns dos pratos que muitos brasileiros constantemente preparam e comem. Apesar da tradição, ainda há espaço para a reinvenção. Exemplo disso é o quibe montado recriado pela Mabruk – Casa Árabe (@mabruk_casaarabe), que André Luiz de Carvalho ensina aos leitores da Tribuna.

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André é casado com Hacibe Chain, descendente de sírios e libaneses. A mãe de Hacibe reunia a família aos domingos para fazer os pratos árabes. Ela foi ensinando aos filhos as receitas e como dosar cada tempero. Acabou que André foi aprendendo junto. Depois de um tempo, ele ainda conta que acabou cozinhando mais que a esposa. Desde 1996, os dois levam o restaurante, que já teve outros nomes e formatos até se firmar como Mabruk, que, de acordo com André, significa “parabéns”.

Todos os dias, ele levanta pelas 5h para preparar as esfihas e os quibes, que faz cotidianamente. Durante o processo, André fala que deve comer uns dez pasteizinhos, como a esfiha também é chamada. Ele garante que sempre é bom e não cansa desse movimento repetitivo que virou seu sustento. Sendo um restaurante marcado pelas tradições árabes, o freguês que chega ao Mabruk pode até estranhar um anfitrião que nada desses traços tem em sua fisionomia, só mesmo o amor pela cultura. O que é motivo de humor em família: um de seus cunhados sugeriu que ele deveria fazer uma cirurgia plástica para, quem sabe, ficar mais parecido e convencer os cliente sobre a origem da comida.

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Mesmo há quase 25 anos fazendo a mesma coisa, André Luiz diz ser possível descobrir novos segredos e formas de fazer. “Juntos, a gente vai se reinventando. Acabou que minhas filhas pegaram também um pouquinho do nosso gosto pela culinária árabe.” O segredo, no final das contas, é o tempero, o que dá o tom especial. Esse quibe montado foi surgindo nessas brincadeiras com a comida. Ele mistura os ouros dessa cultura: além do quibe, o tabule, o homus e o labneh, montados como uma torre. A receita do ingrediente principal é segredo de família, mas eles indicam o passo a passo da construção para montar um prato.

Quibe montado

Por André Luiz de Carvalho

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O quibe é montado em camadas. Primeiro, coloque 50 gramas de quibe cru (André sugere, para cada um quilo de carne, um quilo de trigo, duas colheres rasas de sal, uma mão cheia de cheiro-verde, uma mão cheia de hortelã e pimenta síria a gosto – se não tiver, pode misturar canela e pimenta do reino).

Depois, coloque uma colher de sopa de labneh (coalhada seca, temperada com sal, azeite e zaatar a gosto).

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A próxima camada é de tabule (alface, tomate, cheiro-verde, trigo, cebola, sal, limão e azeite a gosto).

Coloque mais duas colheres de carne moída refogada na manteiga com hortelã seco e sal a gosto, uma camada de uma colher de sopa de homus tahine (grão-de-bico cozido e processado com tahine, sal, azeite, alho e limão a gosto).

Repita a camada de quibe cru e, em seguida, a de tabule. Finalize com 40 gramas de cebolas fatiadas e fritas no azeite.

O quibe montado deve ser servido com pão árabe e azeite.

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