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Café em nome do pai e do filho

Cappuccino A
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(foto: Fernando Priamo)
Rafael Vidal, quando vai ao Flux, senta na mesa ao lado da qual seu pai sentava (Foto: Fernando Priamo)

Muitas vezes, um costume passa de geração em geração e, em algumas delas, sem haver ensino algum. É quase uma intuição. “A Flux sempre vai estar no caminho da minha vida”, diz o empresário Rafael Vidal. Na cafeteria que fica no Centro da cidade, ele aprendeu a tomar café sem a quantidade de sachês de açúcar que colocava. Isso porque seu pai, o juiz Armando Senna de Carvalho, frequentava o espaço antes mesmo de ter o nome de Flux, quando ainda era a livraria-cafeteria A Terceira Margem. Depois de o pai falecer, em 2014, Rafael, que passou um tempo longe de Juiz de Fora, foi conhecer a Flux. Conhecendo-a, ele passou a entender as manias do pai e a ter suas próprias.

Hoje, é Matheus Braga do Vale o responsável pela Flux. Quando contactado sobre a possibilidade de participar do Receita de Família e ensinar alguma receita aos leitores, ele não arredou o pé: tinha que ser o Cappuccino A. E ele explica o motivo: quem o ensinou sobre o mundo dos cafés foi o antigo dono da Flux, Alex Cotta, e uma receita que não podia sair do cardápio era a do Cappuccino A.

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Rafael já deixa claro que a família gosta de conversar. Seu pai, mesmo depois de a livraria ter fechado, continuou indo assiduamente ao espaço, que passou a ser Flux. Um dia, conversando com Alex, contou que gostava de cappuccino gelado. O dono, então, logo pensou em uma receita para agradar o cliente, que tinha mesa, cadeira e utensílios próprios. E, realmente, o agradou. Tanto que, quando Armando faleceu, a bebida entrou no cardápio.

Quando Rafael foi até a Flux, mostraram a ele a mesa na qual seu pai passava o tempo. Ele passou a frequentar quase diariamente a cafeteria e gosta de sempre sentar à mesa ao lado, como se estivesse ao lado do pai. “É meu lugar de segurança. Eu gosto muito de cafeteria, mas, lá, tem um lado emocional que me puxa.”

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Nem sempre Rafael pede o Cappuccino A, já que tem tentando maneirar no açúcar, mas, quando pede, diz que sente que está se conectando com o pai. Além disso, aprecia o gosto, pela mistura de sabores: um toque de caramelo, o frescor da batida, tudo com a energia do café, que, para ele, é indispensável. O café, para Rafael, é motivo de encontro.
Na receita, o café usado é o espresso. De acordo com Matheus, dessa forma, o cappuccino agrega mais sabor. Mas, se não tiver em casa, pode ser o normal, coado na hora, que o frescor é o mesmo.

Cappuccino A

Por Matheus Braga

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Ingredientes
1 xícara simples de café espresso duplo
3 colher de açúcar mascavo
4 colheres de cappuccino mix
7 pedras de gelo
Calda de caramelo

Modo de preparo
Bata o café, o cappuccino, o açúcar mascavo e o gelo no liquidificador. Quando tudo estiver misturado, transfira para uma xícara maior, decorada com a calda de caramelo.

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